Debate

Homens criam instituto para se ‘defenderem’ de Lei Maria da Penha em Brasília

21 • 06 • 2018 às 10:29
Atualizada em 21 • 06 • 2018 às 10:31
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A cidade de Samambaia fica há cerca de 20 quilômetros da capital federal e está prestes a receber o Instituto do Homem. Criado por um advogado que se defende de acusações de agressão, o espaço nasce para dar assistência aos homens acusados de violência contra a mulher, ou seja, enquadrados na Lei Maria da Penha.

Instalado em uma sobreloja de Brasília, o Instituto do Homem – que está em busca de advogados e psicólogos, vai oferecer aos ditos ‘homens desamparados’ apoio jurídico, consultoria estética e sopão.

“Dar um banho, um banho de roupa nova para a mulher quem sabe até aceitar ele de volta”, disse ao BuzzFeed News um empolgado Luiz Gonzaga de Lira, que inclusive soltou diversos anúncios em jornais e pretende expandir o conceito para todo o Brasil.

Tem gente querendo passar vergonha?

Para Lugon, como é conhecido entre os amigos, o Instituto do Homem foi pensado para incentivar o tratamento igualitário entre homens e mulheres. O advogado acredita que a Lei Maria da Penha está prejudicando o homem, que segundo ele se sente desorientado e fragilizado para exercer seu papel de ‘chefe da família’.

O advogado de 63 anos que já se aventurou na política destaca que antes tudo funcionava na mais perfeita normalidade, tanto para o homem quanto para a mulher, mas agora ‘tá tudo dividido por causa dos grupos LGBT”. Ele fecha seu raciocínio ressaltando que a busca pela igualdade está encurtando a vida das pessoas do sexo masculino.

Reiterando que Lugon foi acusado de agressão pela ex-esposa, mas diz ter sido inocentado. Entretanto o processo ainda corre em segredo de Justiça.

Lembrando que de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, apenas em 2015 o Brasil registrou 1 estupro a cada 11 minutos. Em 2016 o Ministério da Saúde informou que em média o sistema de saúde recebe 10 notificações por dia de estupros coletivos. Somente 15,7% foram presos.

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