Daqui pouco mais de uma semana a Rússia vai se tornar centro das atenções de todo o mundo com a abertura da Copa do Mundo de 2018. Entre debates sobre seleções favoritas e a presença de craques como Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo, uma preocupação paira no ar.
Conhecida pela institucionalização da homofobia, reforçada pela instauração de uma lei que proíbe o que autoridades chamam de “propaganda gay”, a Rússia promete dificultar a vida de turistas homoafetivos.
A hostilidade é tão grande que um grupo paramilitar foi designado para patrulhar e impedir que casais homossexuais troquem carícias nas ruas durante o Mundial. Serão pelo menos 300 homens que ao lado da polícia russa vão aplicar a lei contra a ‘propaganda homossexual”. Os casais estão proibidos de se beijarem ou andar de mãos dadas.

A homofobia é uma grande preocupação para a Copa do Mundo
“Se virmos dois homens se beijando, diremos à polícia, então caberá à polícia decidir o que fazer”, declarou Oleg Barannikov, líder do grupo paramilitar leal ao presidente Vladimir Putin e conhecido pela atitude violenta.
Diante deste cenário homofóbico e ameaçador organizações de defesa dos direitos da comunidade LGBTQ e a FARE (“Football Against Racism in Europe” ou “Futebol Contra o Racismo na Europa”) vão produzir um guia de sobrevivência para os turistas LGBTQ durante o Mundial.
Há algumas semanas a FIFA finalmente anunciou que bandeiras do arco-íris poderão ser exibidas nos estádios durante a Copa como forma de chamar atenção para a questão. Lembrando que o Brasil enfrenta a Suíça em Rostov no dia 17 de junho.