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Localizado no centro financeiro de Salvador e próximo de bairros nobres como o Itaigara, o Shopping da Bahia é um dos mais frequentados da capital baiana. Na última segunda-feira (11) o local foi palco de uma atitude destemperada de um de seus seguranças.
Em vídeo divulgado nas redes sociais o segurança age de forma truculenta para impedir que uma criança, supostamente moradora de rua, se aproxime de um restaurante acompanhada de um cliente que ofereceu ajuda para que ela almoçasse.
Sem sucesso, o funcionário pede ao cliente que não pague a refeição. Incomodado com a abordagem o rapaz se nega dizendo que “ele vai comer, ele vai comer”. Foi o bastante para que o segurança do Shopping da Bahia perdesse as estribeiras e partisse para uma abordagem violenta.
Jovem quase foi impedido de comer por segurança do shopping
Em plena praça de alimentação ele tenta impedir que o prato seja entregue ao garoto e quase entra em luta corporal com o cliente do centro de compras. A situação chama a atenção e é possível ouvir alguns gritando, “não faça isso não”. Apenas com a chegada de um supervisor os ânimos se acalmam e o garoto pode comer a refeição e exercer seu direito constitucional de ir e vir.
A situação provocou indignação e expôs mais uma vez o debate sobre os efeitos provocados pela desigualdade social e o racismo. Salvador é uma cidade com quase 80% de negros em sua população de 3 milhões de habitantes, contudo assim como o jovem garoto pedindo comida, esta é parcela mais vulnerável entre os soteropolitanos.
Mas como nem tudo são notícias ruins, diante da enorme repercussão da situação, o jovem foi convidado para fazer parte do Projeto Vitória Cidadania, mantido pelo clube de futebol baiano Esporte Clube Vitória para crianças em situação de risco.
Agora o pequeno vai ter direito a material esportivo, uniforme, transporte e principalmente alimentação diária, além de poder usufruir de aulas gratuitas de futebol, futsal, basquete, futevôlei, vôlei de quadra e vôlei de praia.
Em nota, o Shopping da Bahia disse lamentar o ocorrido e que o segurança foi afastado de suas funções. O texto diz ainda que o estabelecimento atua “em parceria diária com órgãos do Conselho Tutelar, Juizado de Menores, Instituto IRIS, Polícias Civil e Militar”.
Confira o texto na íntegra:
“O Shopping da Bahia vem a público pedir desculpas pelo ocorrido. A postura adotada não condiz com o treinamento recebido pelos funcionários, tanto que a atitude tomada pelo supervisor de segurança reforça o direito do cliente e o acolhimento com a criança. Reforçamos que nossa operação atua em alinhamento com órgãos de defesa dos direitos humanos, como o Conselho Tutelar e o Juizado de Menores. O empreendimento reforça ainda que, em seus 42 anos de história, sempre teve orgulho de manter uma relação de proximidade e respeito com seus clientes, valorizando a cultura e o povo da Bahia”.
“Reforçamos também que, neste momento, é necessário esclarecer diversos pontos que vem sendo abordados em torno do fato.
1 – Nossos seguranças recebem treinamentos periódicos, não apenas com conteúdo técnico, mas também conteúdo sobre o contexto social que vivemos. Em 2017, toda a equipe do empreendimento recebeu treinamento de autoridades nacionais em temas como racismo, diversidade e enfrentamento de temas de alta relevância para nossa operação. Entre os especialistas que estiveram com a nossa equipe, estão lideranças como o professor Hélio Santos, presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade, e a vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores LGBT, Bruna Lorrane.
2 – Não há e nem nunca houve nenhuma orientação para uma abordagem que fosse além de coibir ações de comércio informal e de pessoas (crianças e adultos) que tentam abordar clientes com pedidos de dinheiro, alimentos ou produtos. A decisão do cliente é soberana e tem que ser respeitada, sem nenhuma ação violenta ou que gere constrangimento. Atuamos em parceria diária com órgãos como Conselho Tutelar, Juizado de Menores, Instituto IRIS, Polícias Civil e Militar, e a orientação é sempre pelo cumprimento da lei e respeito aos direitos humanos;
3 – O shopping repudia qualquer acusação de racismo institucional, e temos orgulho da nossa relação com o povo de Salvador, suas matrizes culturais, étnicas e sociais.Encerramos, pedindo mais uma vez, desculpas e lamentando o ocorrido. As desculpas são direcionadas a todos os que se sentirem tristes e ofendidos com o fato, mas especialmente aos envolvidos e suas famílias”.
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