Arte

Fomos curtir o fervo do Tokyo, que transforma em karaokê e balada o terraço de um prédio histórico de SP

15 • 06 • 2018 às 10:12
Atualizada em 18 • 06 • 2018 às 11:33
Gabriela Rassy
Gabriela Rassy   Redatora Jornalista enraizada na cultura, caçadora de tendências, arte e conexões no Brasil e no mundo. Especializada em jornalismo cultural, já passou pela Revista Bravo! e pelo Itaú Cultural até chegar ao Catraca Livre, onde foi responsável pelo conteúdo em agenda cultural de mais de 8 capitais brasileiras por 6 anos. Roteirizou vídeo cases para Rock In Rio Academy, HSM e Quero Passagem, neste último atuando ainda como produtora e apresentadora em guias turísticos. Há quase 3 anos dá luz às tendências e narrativas culturais feministas e rompedoras de fronteiras no Hypeness. Trabalha em formatos multimídia fazendo cobertura de festivais, como SXSW, Parada do Orgulho LGBT de SP, Rock In Rio e LoollaPalooza, além de produzir roteiros, reportagens e vídeos.

O movimento da Rua Major Sertório não é mais o mesmo desde a abertura do Tokyo 東 京, na pequena travessa do centro de São Paulo. Ao lado da Praça da República, chegar ao local é um passeio por antiguidades e novidades da vida social paulistana. Do Love Story ao Copan, passando pela Casa do Porco, a região já tinha seu público fiel que circulava de um canto a outro pela noite. Desde o dia 11 de maio, o prédio modernista de 9 andares que nasceu em 1949, ganhou vida nova.

Quem passa por lá nas horas próximas das festas, mesmo antes da abertura da casa, já vê uma fila se formando. O público se aglomera em volta da porta de metal esperando que se levante e comece a chamar grupos de 5 pessoas para subir de elevador até os andares abertos ao público. Logo na entrada, luzes brilhantes fazem referência ao metrô de Tokyo.

Deve ser aqui!

Deve ser aqui!

Entrada do prédio já tem toda a pegada noturna

Entrada do prédio já tem toda a pegada noturna

Dos nove andares, quatro recebem os animados nessa paulicéia com bares, karaokê, pista e terraço e os outros cinco, fechados ao público, servem de coworking e espaço para desenvolvimento da economia criativa ao longo do dia.

Quando bate 18h, a cantoria começa no 6º e 7º andar, destinados ao karaokê. O primeiro fica com as três salas privativas, para grupos de até 10 pessoas. “Cada uma é inspirada num bairro de Tokyo, a Akihabara tem decoração mais para o público que gosta de cosplay; já a Roppongi, é inspirada num bairro que já foi o fervo principal da cidade, e a Shibuya, de um que até hoje está bombando”, explica Daniel Kosonoe, gerente da casa.

O andar do karaokê coletivo é delícia também! Para ir em um número menor de cantores de chuveiro, essa é a boa! Vi galera cantando com os amigos e o povo ao redor com as mãozinhas pro alto curtindo junto. As telas ficam espalhadas por todo o espaço, mas rola um palco com os microfones e iluminação azulada toda trabalhada na night, já bem no clima da pistinha. Vale lembrar que, as salas privativas custam R$ 100 e dão direito a circular pelo prédio todo. Já o espaço coletivo tem entrada gratuita das 18h às 20h. Chegando depois, paga o preço da noite, então dê aquela checada antes de ir.

Como não amar um belo karaokê?

Como não amar um belo karaokê?

Ambiente de balada com karaokê

Ambiente de balada com karaokê

Dá para ir com fome? Opa! O 8º andar é reservado para o restaurante que também tem ares orientais. No cardápio, petiscos conhecidos dos amantes da comida japonesa, como guioza e tempurá de legumes, e clássicos menos conhecidos por essas bandas brasileiras, como o okonomiyaki (tipo de panqueca japonesa). Fora do Japão, mas ainda na onda oriental, o rolinho vietnamita é fresco e saboroso. Vale provar! Rolam ainda pratos principais, lanches e sobremesas, tudo com toque asiático. Ah, em cada andar tem um bar com cervejas e drinks.

Okonomiyaki e tempurá de legumes todo trabalhado no molho

Subindo mais um pouco, agora de escada, chegamos ao 9º andar. Aí sim chegamos no festerê! Com luzes no teto e decoração na mesma pegada nipônica noturna, o salão comporta bem umas 150 pessoas. Em frente fica a varanda, onde todo mundo ama ficar. De lá, dá para ver o Edifício Itália e o Copan, tomar um ar, dar uma sacada na galera da festa e ver todo mundo dançando dentro – tudo de vidro, bb.

Sim, existe!

Sim, existe!

Festa com dois ambientes e fervo certo

Festa com dois ambientes e fervo certo

Tudo muito legal, tudo muito lindo, mas como tudo nessa babilônia perdida que é São Paulo, abriu já naquela histeria coletiva. Dependendo da festa, tem fila sim pra entrar. Um pouco pelo lance de ter que pegar o elevador, um tanto pelo frisson mesmo da abertura recente. É aquela festa que naturalmente bomba? Chegue cedo. É pré-feriado, que até a biboquinha da esquina enche? Chegue mais cedo ainda. Depois não diga que eu não avisei. Mais vale chegar cedão e ficar gastando onda no karaokê do que ficar plantadx na fila bem à toa.

Na programação estão rolando algumas das festas mais legais da cidade, da Pilantragi à Selvagem, passando pela Free Beats e pela Primavera, Eu Te Amo. Tem fervo bom pras gay, tem festão pras hétera, tem ambiente para ficar no relax curtindo o aniversário das miga. Bem diverso, bem #tudojuntoemisturado – do jeitinho que São Paulo conhece e adora.

Confira a programação e vá conhecer o Tokyo

Confira a programação e vá conhecer o Tokyo

Tokyo @ Rua Major Sertório, 110 – Vila Buarque, São Paulo SP
Capacidade: 370 pessoas
Quanto? R$ 15 a R$ 40
Quando? De 18h às 6h – cheque os dias de cada festa

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