Diversidade

Viúva de Marielle dá início à Parada LGBTQIAP+ com discurso de arrepiar

04 • 06 • 2018 às 11:32
Atualizada em 01 • 06 • 2022 às 10:04
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Como acontece há 22 anos a Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco da Parada do Orgulho LGBTQIAP+, que mais uma vez abriu espaço para pautas importantes para o desenvolvimento não só na comunidade LGBTQIAP+s, mas de toda a sociedade.

Desta vez os assuntos principais foram diversidade, eleições e representatividade. Diante dos crescentes casos de assassinatos com motivações homofóbicas é indispensável que política e direitos sejam debatidos. Por isso a presença de Mônica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco, executada a tiros no centro do Rio de Janeiro há mais de 80 dias, foi tão importante.

“Lute como uma Marielle Franco”, eram os dizeres da camiseta usada por Mônica durante um discurso inflamado e que contaminou milhões de pessoas presentes na Paulista. Visivelmente emocionada, Benício relembrou o trabalho da companheira, que sempre defendeu os direitos humanos, especialmente os da população LGBTQIAP+s.

Mônica Benício citou a politização como um dos legados de Marielle Franco

“Marielle é uma mulher negra, favelada , lésbica e foi assassinada sobretudo porque ela representava e carregava no corpo todas as pautas que defendia, todas as bandeiras dos direitos humanos. Por nenhuma Marielle a mais! Nossas vidas importam, e a gente vai seguir na luta”, concluiu.

A politização que cada vez mais se faz presente na Parada do Orgulho LGBTQIAP+ é reflexo do trabalho realizado por pessoas como Marielle. Quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, a parlamentar bateu de frente com estruturas sociais conservadoras e que insistem em negar o espaço devido para a diversidade.

“É importante que a gente diga que, embora tenha cara de festa, isso aqui é um ato político, isso aqui é um ato de resistência. O Brasil é um dos países que mais mata sua população LGBTQIAP+, a gente não pode assumir isso, deixar que isso continue. Nosso corpo é resistência política”, encerrou Mônica.

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