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Já passei por boas experiências etílicas nos últimos tempos, mas quando surgiu o Boccanera, bar no sistema de rodízio especializado em vinhos, vi um desafio surgir. Sou particularmente fraca para álcool, então só a ideia de passar por 15 taças de vinho na mesma noite me impressionou. Pois bem, chegou o grande dia. Fiz um bom almoço e lanche da tarde, e a noite parti para a Rua Mourato Coelho, na Vila Madalena, em São Paulo.
O lugar fica em meio ao burburinho do bairro, colado com outros bares. Na entrada, altas palmeiras iluminadas por luzes vermelhas nos recebem. O pequeno salão comporta mais ou menos 40 pessoas entre as mesas e o balcão. Num ambiente bem de bar mesmo, no melhor estilo “sem frescura”, é que o bar quer tirar a coisa elitista e pomposa do vinho. “Achava que a ideia de colocar o vinho como uma coisa mais informal ia ser criticada. Mas acho que é exatamente isso que falta. O vinho é sempre tido como uma coisa de glamour, especial, e não como uma bebida do dia a dia – que é o que é para mim”, conta Rafael Ilan Bernater, dono do espaço.
O charmoso Boccanera é o primeiro rodízio de vinhos do país
O nome Boccanera vem do italiano “bocca nera” ou boca preta, que é o resultado depois de boas taças de vinho tinto. “Cada pessoa bebe de um jeito. Então decidi montar um rodízio onde a pessoa pede o que ela quiser a hora que ela quiser. A gente sugere uma ordem, que vai de acordo com a complexidade de cada rótulo, mas é o que o cliente quer, na quantidade e no tempo que ele quer”.
Uma lousa indica os 15 rótulos servidos no dia, começando pelo espumante, passando para os brancos, chegando aos tintos e acabando com um vinho de sobremesa. “Mudo o cardápio a cada dois ou três dias, dependendo do que temos disponível”, conta Guga, o sommelièr da casa. Na seleção entram clássicos, como o Malbec argentino, até inusitados, como marcas de Israel, Austria, Eslovênia e Macedônia.
O rodízio oferece 15 rótulos que mudam a cada dois ou três dias
Origens mescladas e uvas variadas, vamos ao rodízio. Decidi seguir a ordem proposta no dia e me deixar levar pelos sabores – uma água ao lado para lavar o paladar ajuda bastante. Foram 4 horas de lindas experiências e boas taças acompanhadas de alguns dos petiscos da casa. Tudo na ideia de compartilhar, as porções vão de croquetas de jamón (R$ 25), um clássico espanhol, até uma bela burrada com salada de rúcula, tomates e pães (R$ 58). Para mim que não como carne, a croqueta de espinafre foi um deleite. Nunca tinha conseguido provar uma e esta é uma cremosidade só. A degustação de bruschettas (R$ 32) tem a clássica de tomate, a potente de gorgonzola com figo, a crocante de brie com nozes e mel e a suave de queijo de cabra com uvas.
Croqueta de espinafre é como um molho bechamel fritinho
Poderia viver de burrata com salada <3
Me chamou muito a atenção os quatro vinhos nacionais que estavam no rodízio. É raro que a gente veja bons vinhos produzidos no Brasil e esta seleção provou que temos muito que aprender. Eram todos ótimos! Mas o rosè Zero G, da Áustria, ganhou a noite. A única pena foi não ter dado tempo de repetir nenhum – já foi uma batalha pessoal tentar provar todos. Finalizada a experiência, estava razoavelmente bêbada e feliz – felicíssima, dessas que sai cantando caz amigue. Antes de dormir, um copão cheio d’água e nada mais.
Apenas felicidade em taça
Agora vamos a uma parte muito, mas muito importante. No dia seguinte tinha uma entrevista às 10h30 num lugar bem longe de casa. Acordei como? Bem linda e com zero ressaca. Acredite se puder. Tinha na cabeça – além daquele mito dos vinhos nacionais – que vinho me dava dor de cabeça. Pois é, aparentemente vinhos bons não. Pronta para outra, mal posso esperar a hora de voltar!
Um brinde ao vinho à vontade, meu povo!
Boccanera
Rua Mourato Coelho, 1160 – Vila Madalena
Terça a Sábado, das 18h30 à 1h
R$ 79,90 de terça a quinta; R$ 89,90 de sexta e sábado
Reservas pelo site
Não esqueça de fazer uma reserva antes de ir – o lugar é um sucesso
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