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Nesta grande celebração da criatividade na comunicação e construção de marcas que aconteceu em Cannes Lions 2018 é fácil constatar através das perguntas e respostas nos diversos palcos, as preocupações que acontecem de forma global no mercado.
A tecnologia e plataformas digitais são uma ameaça ou oportunidade para a criatividade? Como traduzir dados e raciocínios lógicos da mídia digital em insights e inspiração para a criação? Qual a relevância e o papel social das marcas para o consumidor atual?
E entre essas perguntas e discussões que envolvem o tripé: pessoas, marcas e tecnologia, me chamou a atenção um tema bastante delicado e polêmico debatido na palestra: Addicted to Likes, no qual Scott Hagerdon, CEO da Hearts & Science e Tristan Harris, co-fundador do Center for Humane Technology e ex-design ethicist da Google, discutiram o problema da “maximização de atenção” sob um olhar ético na criação de ambientes projetados especificamente para atrair usuários para uma busca incessante de conteúdo e validação social até o ponto da adicção.
De acordo com uma nova pesquisa da Hearts & Science e da Omnicom Media Group RISE, o usuário médio de smartphones verifica seus aplicativos 88 vezes por dia e gasta 5 horas diárias nos seu apps e isto parece estar afetando mais do que só a atenção. O estudo de três partes da agência analisou o comportamento diante dos dispositivos móveis, como as pessoas usam aplicativos e o seu impacto neurológico.
Os pesquisadores examinaram biometria, codificação facial e rastreamento ocular para ver como as pessoas respondiam à TV linear e aos aplicativos móveis. Acontece que, enquanto a “intensidade biométrica” dos consumidores de TV desacelera após 10 minutos e a mente “relaxa” ocorre o contrário na experiencia com dispositivos moveis, onde a intensidade biométrica é duas vezes maior.
Scott afirma que não há descanso no fluxo de informações nas plataformas digitais, o conceito é criar uma dinâmica ininterrupta de conteúdo para que o usuário tenha uma exposição exponencial e sempre precise acessar para ver o que há de novo.
Tristan tem reportado chefes de estado, CEOs do Vale do Silício e membros do congresso americano sobre a “economia da atenção” e sua falta de regulamentação. Ele levanta o problema de saúde pública que atinge especialmente os adolescentes, mais suscetíveis e dependentes ao mecanismo de validação social e sugere o desenvolvimento de uma estrutura para a persuasão ética, especialmente no que se refere à responsabilidade moral das empresas de tecnologia.
Empresas como Google e Apple tem dado os primeiros passos para alertar os usuários sobre consumo excessivo de aplicativos, são iniciativas bem vindas, afirma Tristan, mas ainda há um caminho bem longo na busca da sustentabilidade pela atenção humana.
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