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Quando as salas de espelho de Yayoi Kusama abriram na galeria Victoria Miro, em Londres, foi um frisson só: as pessoas ficavam em longas filas por horas só para dar uma olhada nelas. Imagens de visitantes refletidas em sua obra inundaram as mídias sociais e a exposição viajou pelo mundo, fazendo o maior sucesso por onde passou.
Em outubro, a arte de Kusama volta à galeria londrina, espaço que exibe seu trabalho há duas décadas. A grande exposição contará com um novo trabalho do artista, incluindo pinturas, esculturas e – talvez com as filas de 2016 em mente – um “Infinity Mirror Room” (Sala de Espelhos Infinitos) de grande escala, criado especificamente para esta mostra.
O espelho infinito de Yayoi Kasuma é um sucesso por onde passa
O Infinity Mirror Room irá envolver os visitantes da galeria em uma grande sala espelhada com lanternas de papel cobertas de bolinhas penduradas no teto. A ideia da instalação é transmitir “a ilusão de ser desatrelado em um espaço infinito” imergindo totalmente qualquer um que entre ali.
Kusama, agora perto de seu aniversário de 90 anos, ainda tem que desacelerar sua produção artística, continuando a criar novos trabalhos, bem como expandir os mais antigos. Isso inclui My Eternal Soul, uma série de pinturas que estão em andamento e apresentam olhos, rostos e, é claro, os pontinhos pelos quais ela é tão aclamada.
A obra “My Eternal Soul”, de Yayoi Kasuma
A abóbora – que existe na obra da artista desde o final da década de 1940 – vai voltar na forma de esculturas de bronze pintadas de vermelho, amarelo e verde, cobertas de pontos pretos. O simbolismo por trás da abóbora remonta à infância de Kusama, já que sua família ganhava a vida cultivando sementes de plantas, e a abóbora kabocha ocupava os campos em volta de sua casa. Ela explicou em seu livro Infinity Net: the Autobiography of Yayoi Kusama: “Parece que abóboras não inspiram muito respeito. Mas eu me encantei com a forma charmosa e cativante delas. O que mais me atraiu foi a generosa despretensão da abóbora. Isso e seu sólido equilíbrio espiritual”.
Yayoi kusama e sua inspiração nas abóboras da infância
As flores também são importantes para o trabalho de Kusama, que, segundo Victoria Miro, “refletem o dualismo entre o natural e o orgânico encontrado em toda a sua arte”. Flores em grande escala feitas de bronze e pintadas adornarão o jardim à beira da galeria numa tentativa de “transpor uma linha entre a natureza e o exuberante artifício”.
As obras de Kusama também serão incluídas na mostra de outono Space Shiffers, da Hayward Gallery. Com inauguração marcada para setembro, a obra “Narcissus Garden” – atualmente instalada em Nova York – será exibida na exposição dedicada a “alguns dos principais artistas internacionais cujo trabalho altera ou perturba nosso senso de espaço e reorienta nossa compreensão do que nos cerca”. Em outubro, o filme Kusama – Infinity também será lançado nos cinemas, proporcionando um documentário que irá explorar sua carreira, desde sua criação conservadora no Japão, passando pelo tempo que passou em Nova York em meio ao movimento de vanguarda da cidade, até ascender à fama internacional.
A exposição de Yayoi Kusama fica em cartaz no Victoria Miro, em Londres, de 3 de outubro a 21 de dezembro de 2018.
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