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Educação, saúde e mobilidade fazem das crianças da Holanda as mais felizes do mundo

10 • 07 • 2018 às 10:11
Atualizada em 10 • 07 • 2018 às 18:02
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A Holanda é praticamente sinônimo quando se pensa em qualidade de vida, e um levantamento realizado pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) mostra que a ideia se comprova ao observar parâmetros concretos: as crianças dos Países Baixos são as mais felizes do mundo.

O estudo inspirou duas mães estrangeiras que vivem na Holanda, uma inglesa e uma norte-americana, a escrever um livro, que se tornou best-seller, para relatar como a forma de criar os filhos no país se diferencia da maior parte do resto do mundo.

O tema também chamou a atenção da jornalista Mariana Timóteo da Costa, que produziu uma série de reportagens para investigar os motivos que levam a Holanda ao topo da lista, e com destaque absoluto, na comparação que envolve os 29 países mais desenvolvidos do planeta, todos membros da OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

A Unicef dividiu os índices em cinco temas: Bens Materiais, Saúde e Segurança, Educação, Comportamento e Riscos e Habitação e Ambiente. A Holanda ficou entre os 5 melhores em todos, liderando nas categorias Bens Materiais, Educação e Comportamento e Riscos.

Ao elaborar o ranking, os autores do estudo criaram um índice que engloba todas as categorias, em que quanto menor o número, maior o nível de felicidade das crianças. A Holanda lidera com folga, com 2.4, seguida por Noruega (4.6) e Islândia (5). O Canadá fica com 16.6, em 17º, e os EUA com 24.8, em 26º.

Laura Westendorp, conselheira-chefe do Unicef-Holanda, falou sobre o estudo a Mariana da Costa: “Tivemos que achar indicadores que realmente traduzissem isso, sem tornar os dados superficiais, e poder compará-los com os outros países. Medimos, por exemplo, quantos pares de sapato a criança tem, se ela come frutas ou vegetais frescos todos os dias, se toma café da manhã. Isso diz muito sobre como as crianças são tomadas em conta em seus países“.

Um post de Ana Paula Risson no blog Ducs Amsterdam sobre a maneira “free range” dos holandeses de criar os filhos dando-lhes liberdade para ir sozinhos à escola ou brincar no parque sem serem mantidos em rédeas curtas também ajuda a explicar por que as crianças de lá são mais felizes.

A holandesa Maaike Van Ruitenbeek, mãe de uma criança de dois anos, deu um depoimento à GloboNews que segue uma linha parecida: “Na Holanda a felicidade passa muito por essa liberdade, esse tempo gasto ao ar livre. Isso aliado a uma boa segurança, a educação e a saúde de qualidade tornam nosso país realmente um lugar bacana para viver e ter filho“.

Os baixos índices de desigualdade social também são apontados por Laura Westendorp, da Unicef-Holanda, como motivo que leva à qualidade de vida. Um outro estudo da Unicef, por outro lado, escancara o que todos sabemos: estamos muito atrás quando se trata do assunto. A pesquisa, realizada com crianças e adolescentes de 14 países, mostrou que os jovens brasileiros são os que mais se preocupam com coisas como violência, má qualidade de educação e pobreza.

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Imagens via Pixabay (Creative Commons CC0)

Para mais informações, vale a pena conferir a série de reportagens da GloboNews.


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