Ciência

Freud criou ‘sociedade secreta do anel’ com discípulos, pacientes e amigos

24 • 07 • 2018 às 09:57
Atualizada em 24 • 07 • 2018 às 10:26
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Em 1912, Carl Gustav Jung, o discípulo mais próximo de Sigmund Freud, rompeu com as ideias de seu mestre, deixando a psicanálise para criar o que ficaria conhecido como psicologia analítica. Pouco depois, Freud começou uma “Sociedade do Anel” com psicanalistas fieis às suas teorias.

A princípio, foram cinco os aprendizes que compuseram o grupo selecionado por Freud e ganharam anéis para simbolizar o grupo. Cada um continha uma pedra, antes parte da coleção de antiguidades do mestre, que gravou imagens relacionadas a temas mitológicos ou eróticos ligados aos seus ensinamentos.

Freud com alguns discípulos

Com o passar dos anos, Freud fez ao menos mais 20 anéis, e os presenteou a outros psicanalistas e também a amigos e pacientes que ele tinha analisado e a quem se tornou afeito. Cinco deles estão no Museu de Jerusalém, em uma exposição batizada “Freud of the Rings” – trocadilho com The Lord of the Rings, o nome original da série O Senhor dos Anéis.

Morag Wilhelm, a curadora da exposição, descobriu a primeira pista da “Sociedade do Anel” ao encontrar uma caixa de papelão com um anel dentro. Na embalagem estava escrito “Freud Nike”, em referência à deusa grega que personificava vitória, força e velocidade (em português, seu nome costuma ser grafado Nice).

Ao pesquisar sobre a origem do item, Wilhelm descobriu que havia outros anéis semelhantes e seu significado. O anel da deusa Nice pertencera à Eva Rosenfeld, também psicanalista, que foi amiga de Anna, filha de Sigmund, e também paciente de Freud.

Na exposição em Jerusalém estão também anéis que pertenceram ao húngaro Sandor Ferenczi e ao alemão Ernst Simmel, ambos psicanalistas e discípulos freudianos, além de um cujo dono ainda não é conhecido e outro que o próprio Sigmund Freud usava. Wilhelm espera que a mostra incentive pessoas que guardam outros anéis a expô-los ao mundo.

O anel de Nice, que pertenceu a Eva Rosenfeld

O anel que pertenceu a Anna Freud

O anel que pertenceu a Ernst Simmel

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Fotos: Reprodução/Museu de Israel


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