Ciência

Pesquisadora brasileira está recuperando visão de idosos com células tronco

23 • 07 • 2018 às 09:46
Atualizada em 23 • 07 • 2018 às 11:02
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Um experimento realizado pela oftalmologista e pesquisadora brasileira Carina Costa Cotrim no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) conseguiu recuperar de forma considerável a visão de pacientes idosos através do uso das células-tronco. O experimento contou com 10 pacientes com mais de 50 anos, que apresentavam degeneração macular seca avançada.

As células-tronco foram coletadas da medula óssea dos próprios pacientes, e utilizados em um autotransplante através de uma injeção intraocular. O material coletado foi processado, as células-tronco foram isoladas e injetadas em 0,1 ml no olho mais afetado pela doença. Em seguida os pacientes foram monitorados e avaliados de três em três meses ao longo de um ano, todos com resultados positivos e seguros. E a maioria dos participantes apresentou melhora substantiva em sua visão, especialmente os com menor grau da doença.

Fundo de um olho com degeneração macular seca avançada

Segundo a pesquisadora o resultado positivo se dá provavelmente pela retomada do funcionamento das células que ainda não havia morrido mas que permaneciam inativas por conta do sofrimento. “Na avaliação da qualidade de vida, houve melhora significativa na visão de cores e na saúde mental desses pacientes já nos seis meses de acompanhamento”, ela disse. Outras pesquisas semelhantes vêm sendo realizadas nos EUA e pelo mundo, também com resultados positivos. Pelo número pequeno de pacientes no experimento brasileiro, é necessária a realização de novos testes ampliados.

A pesquisadora Carina Costa Cotrim

O experimento foi publicado como resultado do mestrado de Carina na revista “Clinical Ophthalmology”, assinado pela pesquisadora junto com Luiza Toscano, André Messias, Rodrigo Jorge e o professor e orientador do mestrado Rubens Camargo.

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