Debate

Pesquisadora pró-aborto da UnB deixa o DF após ameaças de morte de grupos de extrema-direita

19 • 07 • 2018 às 15:22
Atualizada em 23 • 07 • 2018 às 09:59
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Os ventos da intolerância estão soprando com força no Brasil dos tempos modernos. Inflamados pela agilidade das redes sociais, o conservadorismo e o chamado discurso de ódio são ameaças mais sérias do que parecem. O caso envolvendo a professora da Universidade de Brasília, Debora Diniz, é o exemplo perfeito desta situação toda.

Defensora da descriminalização do aborto, a docente teve que deixar o trabalho e o Distrito Federal depois de ser vítima de uma série de ameaças de morte por conta de seu posicionamento.

Segundo reportagem publicada no site da revista Fórum, Debora começou a ser interpelada por grupos de extrema-direita depois de defender sua posição favorável ao avanço dos direitos das mulheres. Para se defender, a pesquisadora chegou a lavrar um boletim de ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Brasília no início do mês.

Ainda não se sabe se Debora retornará ao Distrito Federal

Aparentemente as medidas preventivas não surtiram efeito, pois ao sair de uma fala ministrada em Brasília, foi acuada por um grupo homens, ainda não identificados, mas que intensificaram as ameaças contra sua integridade física.

Em função deste cenário insustentável Debora Diniz resolveu deixar o DF por tempo indeterminado e viajar para uma cidade ainda desconhecida. A saída de cena da professora acontece às vésperas de sua participação em um debate sobre a descriminalização do aborto com a ministra Rosa Weber, no STF.

Esta não é a primeira vez em que grupos extremistas se valem de ameaças de morte para intimidar pessoas com posicionamentos contrários. Você leu aqui no Hypeness sobre uma operação realizada pela Polícia Federal para prender um grupo articulado na internet, que além de incentivar a pedofilia e o racismo, perseguia há anos a feminista e acadêmica Lola Aronovich.

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