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O implante coclear é um dispositivo eletrônico que permite que deficientes auditivos ouçam os sons. Normalmente, este tipo de implante é usado desde os primeiros anos de vida de crianças que nascem surdas, sendo uma escolha comum entre pais ouvintes – mas normalmente rejeitada por famílias de deficientes auditivos.
O problema é que o implante não recupera a audição de quem o utiliza. Trata-se de uma prótese, que pode ser ligada ou desligada. Mesmo quando em uso, o dispositivo não oferece a mesma experiência de audição que uma pessoa não-surda teria. Quanto mais ruído o ambiente tiver, pior será o funcionamento da tecnologia.
Na Holanda e na Dinamarca, estes aparelhos são custeados pelo estado e, graças a isso, são usados por grande parte dos deficientes auditivos. Nos Estados Unidos, cerca de 50% da população surda elegível escolhe receber os implantes – os principais planos de saúde normalmente cobrem ao menos parte dos gastos com o tratamento.
Com a diminuição dos custos da tecnologia, cada vez mais pessoas estão aderindo ao uso destes implantes cocleares. Essa adesão em massa pode acabar com toda uma cultura surda e contribui para que os deficientes auditivos chamam de ouvintismo.
Segundo o site Cultura Surda, o viés ouvintista poderia ser definido como um pensamento de que “não ouvir é estar privado de um atributo que nos faz possíveis em um mundo de sons; é estar deficiente, aquém, comumente inapto para um dia-a-dia produtivo“. Essa perspectiva vê a surdez como algo que “deveria ser curado” e ignora toda uma cultura compartilhada por pessoas não-ouvintes através de línguas dos sinais (idioma nativo de pessoas que nascem surdas).
A matéria “The Silence of the Deaf” (“O Silêncio dos Surdos”), publicada pela revista Matter, explica que os implantes cocleares foram aprovados nos Estados Unidos em 1984 e, a princípio, eram usados apenas por adultos. Com o tempo, os dispositivos passaram a ser implantados em crianças antes da idade em que elas normalmente começariam a falar para que elas pudessem tentar aprender a ouvir e falar da mesma forma que não-surdos.
Foto: Cristian Newman/Unsplash
Essa mudança, no entanto, gera um apagamento de toda uma cultura criada por e para surdos. Um documentário publicado no youtube pela Vice mostra que algumas escolas para surdos tiveram uma queda de 50% no número de alunos após a popularização dos implantes, ao mesmo tempo que diversas escolas do tipo se viram obrigadas a fechar as portas.
No Brasil, Libras é o idioma de cerca de 10 milhões de pessoas, utilizado para diversas manifestações culturais, que vão do teatro à música – e incluem até mesmo canais de Youtube criados por surdos.
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