A Faculdade de Direito da USP está no centro de mais uma polêmica envolvendo o combate ao estupro. Desta vez, as denúncias partiram de alguns grupos feministas contra cartazes tentando invalidar a campanha contra o crime sexual.
Os cartazes estão fixados em um espaço dedicado aos avisos institucionais e protegidos por uma estrutura de vidro. Segundo alunas integrantes de coletivos feministas do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, não é primeira vez que algo semelhante acontece.
“É crime. Meça suas fofocas, parça! Nem todo o homem é estuprador. Imagine se isso fosse com seu pai”, diz um dos cartazes.
Segundo o BuzzFeed, a alegação de que denúncias falsas chegam aos 80% são baseadas em uma interpretação equivocada de uma matéria veiculada no jornal Extra em 2012. Na verdade, não são os estupros e sim registros de abuso infantil em situações de acusação de alienação parental e apenas na cidade do Rio de Janeiro.

A Universidade de São Paulo disse estar apurando o caso
Para alunos da instituição de ensino paulista, é preciso combater o histórico de assédio da USP. Diante do crescimento de denúncias, em 2014, a Universidade de São Paulo instaurou uma CPI para investigar os casos, a CPI dos Trotes. Ao menos dez casos de estupro foram alvos de sindicância.
A Carta Capital ressaltou que, segundo o Jornal do Campus – produzido por alunos do curso de jornalismo, foram mapeados por volta de 130 casos de estupro nos últimos cinco anos. A Superintendência de Segurança da USP aponta somente 1 registro no campus da capital paulista.
Até o momento, a Faculdade de Direito da USP diz estar averiguando a situação ocorrida em Ribeirão Preto.