Debate

Alunas se organizam para denunciar assédio em colégio carioca

20 • 08 • 2018 às 12:46
Atualizada em 20 • 08 • 2018 às 12:49
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Estudantes e ex-alunas do Colégio Pensi estão chamando a atenção pela criação da hashtag #AssédioÉHábitoNoPensi. As mais de 45 mil postagens tem como alvo professores, inspetores e diretores da instituição de ensino do Rio de Janeiro.

De acordo com as alegações, educadores teriam adotado uma postura debochada e constantemente chamam as alunas de gostosas, além de terem feito propostas de cunho sexual, como convites para massagem tântrica. Relatos dão conta de que a direção do Colégio Pensi afastou uma professora disposta em criar um movimento contra os casos de assédio.

O movimento, organizado por alunas e ex-estudantes do Colégio Pensi, recebeu manifestações de solidariedade de nomes como a youtuber Kéfera e o escritor Pablo Villaça.

O nome do colégio ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter

“Meu conselho para as alunas do Pensi, já que estou vendo vários jornalistas pedindo que entrem em contato, pedindo que encaminhem as provas por e-mail/DM (teve um até sugerindo que a própria aluna ESCREVESSE A MATÉRIA): cuidado com quem compartilham.  #AssedioÉHabitoNoPensi”, escreveu Villaça em sua conta na rede social.

Tem mais, além do assédio, as alunas dizem terem sido alvo de pressões psicológicas e humilhação nas salas de aula. “Ano passado um aluno apertou meus peitos. Fiquei sem reação com a falta de respeito, fui reclamar e falaram para eu mudar de unidade este ano. Passam a mão na cabeça de assediador”, disse uma estudante.

A escola disse estar investigando as denúncias de assédio

Por meio de nota, o Colégio Pensi informou ter aberto uma comissão especial para investigar as denúncias  e que “repudia qualquer tipo de assédio discriminação”. A instituição diz ainda que criou um canal especial para o registro de denúncias.

Falando ao jornal O Dia, o Pensi aproveitou para negar o afastamento da educadora. “A professora continua na equipe do Colégio Pensi. Por motivos de saúde ela entrou em acordo com a direção e está afastada de sala de aula, mas continua trabalhando, fazendo parte da equipe, no setor administrativo, na unidade Madureira”.

Confira alguns relatos publicados no Twitter:

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