Após causar polêmica por colocar uma definição duvidosa de ‘masculinidade’ como requisito para um concurso público, a Polícia Militar do Paraná resolveu excluir o termo do edital.
A retificação foi publicada na última segunda-feira (13) com a substituição de ‘masculinidade’ por ‘enfrentamento’.
“A Polícia Militar do Paraná esclarece que está promovendo o ajuste no termo que gerou a polêmica, para ‘enfrentamento’, sem prejuízo à testagem psicológica necessária à definição do perfil profissiográfico exigido para o militar estadual”, explicou a corporação em nota.
Na nova versão, ‘enfrentamento’ é definido como a “capacidade de o indivíduo em não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades e de não emocionar-se facilmente”.

A corporação acabou tirando do edital o termo ‘masculinidade’
Houve ainda outra mudança. A exigência de pessoas que não demonstram “interesse em histórias românticas e de amor” foi retirada do edital.
Diante da repercussão negativa e acusações de atitude discriminatória, a instituição aproveitou para assegurar que não adota posturas sexistas e machistas. A PM destacou a presença, depois de 164 anos, da coronel Audilene Rocha em seus quadros.
O autor da avaliação psicológica, Dr. Flávio Rodrigues Costa, reafirmou a ausência de qualquer conotação de diferenciação de gênero, sexo ou outro tipo de preconceito. O profissional atesta que o edital não seria aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) caso fosse discriminatório.
O edital foi divulgado na quinta-feira (9) e resultou na manifestação de entidades como a Aliança Nacional LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexuais). Ao lado de outros grupos, o órgão pediu a anulação do edital por desconsiderar a possibilidade de mulheres se candidatarem às vagas.