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Um paladar exótico, pero no mucho. Tá afim? Se a resposta for positiva, pegue a sua sede por novidade e vá até O Escandinavo, restaurante de comida nórdica recém-inaugurado em São Paulo. A aposta da chef Denise Guerschman é nos sabores vindos de uma terra gélida e distante, mas que tem lá suas semelhanças com o Brasil.
Antes de ter um espaço aberto em Pinheiros, a chef de sobrenome russo recebia pessoas em sua casa para jantares escandinavos, elaborados de maneira intimista com o intuito aproximar os brasileiros da autêntica culinária nórdica. A mesa da sala, que acomoda até 18 pessoas, foi transferida para o restaurante e dá aquela ajudinha involuntária na hora de juntar pessoas, que são “obrigadas” a compartilhar a mesma mesa, coisa que ainda está se difundindo no país.
Apaixonada pela cultura dos países nórdicos, ela fala e prepara as refeições com total conhecimento de causa. Ainda adolescente, escolheu a Suíça para fazer intercâmbio e se formou em hotelaria. Depois, fez as malas e viveu por oito anos na Noruega, onde aprendeu boa parte do que sabe ao lado de chefs renomados ao trabalhar em restaurantes.
Todo ano ela faz questão de viajar para a região e, assim que chega no aeroporto norueguês, já pede um hot dog típico, que ela garante ser delicioso. Adaptou a street food para O Escandinavo. Chamado de Pølse I Lompe, é servido num tipo de panqueca de batata, com salada de camarão, repolho roxo, cebolinha crocante, bacon, ketchup de beterraba e mostarda da casa.
Gosto da comida nórdica porque ela é o que é. Não há uma porção de temperos ou truques que mascaram os alimentos. Você consegue sentir todos os sabores e texturas. O cozido não é super cozido e o doce não é super doce.
— contou a chef Denise Guerschman enquanto preparava uma crocante torta de ameixas.
Denise abusa da criatividade e do conhecimento estético de sua segunda profissão, como food stylist, para abrilhantar os pratos, afinal, como ela mesma diz, primeiro comemos com os olhos. A parte boa é que eles não são apenas um rostinho bonito! É tudo muito fresco e sem grandes arranjos.
O que chega à mesa são sabores mesclados com histórias. O mais bacana da refeição é saber a origem dos pratos. Assim como fazia em sua casa, a chef faz questão de contar a narrativa por trás de cada iguaria, deixando a experiência mais rica do que apenas forrar o estômago. Entre elas está o chamado café do marinheiro, acompanhado de sal, que está ali para abrir o sabor da bebida, como se tirasse a sua timidez. Os piratas de antigamente a preparavam com água do mar, daí a origem do nome.
Outra surpresa é a sopa de cerveja dinamarquesa, batizada de ølsuppe, que tem sua origem nos passeios dos noruegueses pela floresta. Com a cerveja em mãos, eles tratam de pegar água do rio ou um bocado de neve, quando no inverno, e adicionam na bebida. Com um graveto, ao invés de assar marshmallow como os norte americanos, tratam de deixar um pão quentinho no fogo. Isso abriu um precedente para que a chef desse um de seus toques de beleza ao prato, feito com mignon suíno e creme azedo. O sabor é forte e diferente.
As demais receitas incluem salmão, pernil e outros tipos de carne. A única opção vegetariana é o Pitty i Pana, mix de vegetais, compota de repolho roxo com cranberry e gema curada. No café da manhã, cai muito bem o Geitoccino, café com leite de cabra cremoso, o Skyr og Misly, que seria o iogurte islandês com granola, geleia de berries e extrato de malte, e o Brød og Smør, cestinha de pães suecos com manteiga fresca acompanhada de sal de carvão islandês, simplesmente delicioso!
Praticamente tudo é feito na casa, desde os pães até os defumados. A medida em que o cardápio fixo for se estabelecendo, a cozinha vai se adaptando para a fabricação própria, inclusive da salsicha, que ainda é comprada. A comida vem acompanhada de uma água aromatizada tão cheirosa que poderia ser um perfume em frasquinho. Mas, é claro, você também pode – e deve! – provar as outras bebidas da casa, como a vodka com blueberry e os shots de hidromel.
Pratos delicados fazem qualquer pessoa que torce o nariz para algum dos ingredientes se atrever a prová-los. Eu, por exemplo, não sou muito fã de ameixa ou leite de cabra. Mas com as magias nórdicas, tornaram-se agradáveis. Afinal, não existe ingrediente ruim para comida bem feita. O importante é estar sempre com a mente aberta para provar novos sabores com “velhos” conhecidos que eram, até então, inimigos do seu paladar.
Aberto apenas aos finais de semana, o local terá três meses em soft opening, dos quais dois já foram cumpridos. A cada duas semanas entram novas opções no menu de testes, mas já existem alguns itens fixos. No final das contas, o resultado é de satisfação e descoberta de novas paixões.
O Escandinavo
Rua Deputado Lacerda Franco, 141 - Pinheiros/São Paulo
Horário de funcionamento: sexta e sábado das 09h às 23h; domingos das 09h às 16h.
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