Debate

Como o flexitarianismo está ameaçando a indústria da carne

30 • 08 • 2018 às 20:48
Atualizada em 30 • 08 • 2018 às 21:11
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Se algumas pessoas são extremamente carnívoras e fazem questão de comer alimentos de origem animal em todas as refeições, também existem os vegetarianos, que cortam completamente o consumo de carne. Nem oito, nem oitenta, o grupo daqueles que diminuem consideravelmente o consumo, sem cortar definitivamente da dieta – como os flexitarianos, está ganhando cada vez mais adeptos.

Sem radicalismos, o flexitarianismo encontrou a resposta para a saúde no equilíbrio alimentar, amplamente defendido pelos médicos e nutricionistas. Se o consumo de carne em excesso – principalmente a vermelha, está diretamente associado à doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, também sabemos que a proteína animal pode ser importante.

Uma espécie de vegetarianismo flexível, o que essa dieta propõe é um cardápio rico em vegetais, cereais integrais, legumes e ingestão de carne de maneira controlada. Esta dieta também é indicada para quem quer perder peso e, o fato de ganhar cada vez mais adeptos, representa uma real ameaça à indústria da carne, que tende a perder cada vez mais espaço.

Porém, uma pesquisa recente de uma empresa norte americana – a Gallup, mostra que, ao contrário do que pensamos, o número de adeptos ao vegetarianismo se mantém estável em vez de aumentar, pelo menos nos Estados Unidos. Apesar do mercado vegetariano ter movimentado mais de U$ 3 bilhões somente no ano passado, 51% dos americanos não consideram uma refeição completa sem que haja carne.

A pesquisa também mostrou que as pessoas mais propensas a seguir o flexitarianismo possuem menos de 5o anos, ganham até U$ 30 mil ao ano e se identificam mais com uma política econômica liberal, do que conservadora. Estaria o mundo se adaptando a uma dieta com menos carne, gerando uma completa transformação no mercado alimentício e na indústria da carne?

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Foto: Lisa Cherkasky - The Washington Post


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