A Kolynos é uma das marcas de creme dental mais conhecidas entre os brasileiros. O produto desembarcou por aqui em meados de 1917 e até a década de 1990, reinou soberano.
Aposentada há mais de 20 anos, a Kolynos ainda pode ser encontrada por aí, mas, infelizmente, não no formato tradicional. Uma fotografia tirada por Alexandre Menezes, com o tubo de creme dental jogado na praia, viralizou e nos faz pensar sobre urgência da instauração de métodos sustentáveis de reciclagem de lixo.
Segundo matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, cerca de 56% dos municípios brasileiros utilizam depósitos inadequados para se livrar do lixo produzido. Com isso, cenas como a da praia não vão deixar de ser comuns tão cedo.
A inércia do poder público esbarra em uma questão vital, o tempo de decomposição. Por exemplo, 20 anos parece muito para nós humanos, entretanto para uma embalagem de alumínio não é nada. Um tubo como o da Kolynos demora 200 anos para desaparecer.

Este tubo está há 20 anos na praia
De olho na situação, a ONU Meio Ambiente e a Coalizão de Embalagens – formada por 23 associações signatárias do Acordo Setorial de Embalagens em Geral, lançaram o movimento Separe. Não Pare.
O intuito é de mobilizar a população brasileira a separar e descartar corretamente os resíduos domésticos. A expectativa do grupo é diminuir em 22% a quantidade de embalagens enviadas aos aterros sanitários do Brasil até o fim de 2018. Entre as medidas incentivadoras está a intensificação da coleta seletiva e dos pontos de entrega de lixo no bairros.
O plástico também está na mira dos ambientalistas. No Rio de Janeiro, a Câmara autorizou a proibição do uso de canudinhos plásticos em bares e outros estabelecimentos comerciais da capital fluminense. A tendência deve ser adotada por outras cidades brasileiras. O meio ambiente agradece.