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No aniversário de 12 anos da Lei Maria da Penha, a Magazine Luiza entrou na luta para que as pessoas ‘metam sim a colher’. Sabe aquele discurso cansado de que ‘em briga de marido e mulher não se mete a colher’? Que tal substituí-lo para ‘em briga de marido e mulher, ligue 180?’.
Diante do aumento de registros de casos de violência doméstica, a loja de departamentos resolveu se posicionar, chamando a atenção de toda a sociedade. A empresa trocou seu avatar e lançou a hashtag #EuMetoAColherSim. Em 2017, a Magalu fez uma promoção de colheres a R$1,80, em clara alusão ao número da denúncias deste tipo de crime.
Além dos 12 anos da principal lei de defesa dos direitos mulheres, as últimas semanas foram marcadas por ao menos duas mortes causadas pelo feminicídio.
A loja costuma se posicionar contra casos de violência contra a mulher
O primeiro envolve Tatiane Spintzer, achada morta depois de cair do 4º andar de seu apartamento na cidade de Guarapuava. A suspeita da polícia, baseada em imagens de agressões constantes, é de que o namorado da jovem de 29 anos, tenha sido o autor do crime.
Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, foi encontrado pelos policiais enquanto tentava fugir para o Paraguai. Atualmente em prisão preventiva, o lutador de artes marciais pode ir a júri popular. Pelo menos é a posição adotada pelo Ministério Público do Paraná, que se baseia na crueldade provocada pela asfixia, a impossibilidade de defesa da vítima e o motivo torpe.
Luís Felipe Manvailer foi filmado carregando o corpo da namorada e depois fugiu
O feminicídio também esteve presente em Brasília. Na capital federal, um morador foi preso depois da morte da mulher em um edifício localizado na Asa Sul. A suspeita da Polícia Militar é de que ela tenha sido arremessada pelo marido depois de uma briga. Jonas Zandoná, de 44 anos, foi encontrado pela PM embriagado e empunhando uma faca. Ele nega a autoria.
Neste caso, a corporação atendeu chamado dos vizinhos. Carla Grazielle Rodrigues Zandoná, de 37 anos, foi socorrida por uma vizinha até a chegada do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos.
Em longo texto publicado em sua página no Facebook, a autora, feminista negra e filósofa Djamila Ribeiro destacou os efeitos positivos da Lei Maria da Penha, mas chamou a atenção para a vulnerabilidade de mulheres negras.
“Quando esta lei completou 10 anos, verificou-se que diminuiu em 10% o assassinato de mulheres brancas, ao passo que aumentou em quase 55% o de mulheres negras, as maiores vítimas de violência doméstica e feminicídio no Brasil, embora essas violências atinjam a todas as mulheres independente de cor ou classe social”, pontuou.
A violência contra a mulher é assustadora no Brasil. Em média, doze mulheres são assassinadas diariamente no país. O aumento é de 6,5% em relação a 2016. Na maioria absoluta dos casos o motivo da morte é provocado pela questão de gênero. O Mato Grosso é o estado com a maior taxa de feminicídio, 4,6 a cada 100 mil.
Para reverter este cenário, o Congresso Nacional sancionou em 2015, a Lei do Feminicídio, que qualifica o assassinato quando a mulher é morta por questões de gênero.
Você também pode fazer sua parte denunciando. Para isso basta ligar 180. O sigilo é garantido. Não silencie.
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