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Ao que parece, não é só Serena Williams que está sofrendo com posturas conservadoras adotas por diretores dos principais torneios de tênis.
O comitê responsável por Roland Garros vetou o uso de uma roupa inspirada em Pantera Negra e escolhida pela norte-americana para prevenir problemas, como coágulos sanguíneos, gerados depois de dar à luz a sua primeira filha.
Desta vez, a polêmica se instaurou no U.S. Open. Durante partida contra a sueca Johanna Larsson em Flushing Meadows, a tenista francesa Alizé Cornet expôs rapidamente suas costas e aparentemente chocou os oficiais norte-americanos.
A jovem havia colocado a camiseta ao contrário e resolveu trocar. Foi o suficiente para levar uma bronca do juiz de cadeira Christian Rask, que assinalava uma suposta quebra de conduta.
Para o juiz, mostrar uma parte do corpo feminino é quebra de conduta
O assunto suscitou um importante debate sobre condutas machistas no esporte. Para o tabloide britânico The Guardian, “a coisa mais perigosa no esporte é o corpo de uma mulher”.
Talvez eles tenham razão, já que em partidas protagonizadas por homens tirar a camiseta, hábito frequente em situações de extremo calor, é tratado com normalidade e não viola nenhum código de conduta.
“Como [Serena] Williams, eu tenho um corpo que reflete a intensidade da minha carreira profissional. Sou naturalmente musculosa e como Williams, as roupas ficam destacadas em mim simplesmente por causa da minha construção. Nós não somos a versão idealizada do conceito de feminilidade e por isso somos punidas”, reflete a golfista norte-americana Anya Alvarez.
A repercussão negativa forçou os responsáveis pelo Aberto dos Estados Unidos emitirem uma nota condenando a postura do juiz de cadeira. “Lamentamos que uma violação de código tenha sido imposta à senhorita Cornet ontem. Esclarecemos a diretriz para que isso não aconteça daqui em diante. Felizmente ela só recebeu uma advertência, sem nenhuma penalidade adicional ou multa”.
Serena Williams também foi vítima de perseguição
Mas, o estrago já está feito e revela mais uma vez os efeitos do machismo. Judy Murray, mãe de Andy Murray – campeão britânico de Wimbledon e do Aberto dos EUA, criticou a diferença de tratamento entre homens e mulheres.
“Alizé Cornet voltou à quadra após uma pausa de 10 minutos devido ao calor. Estava com a camisa nova do lado contrário. Trocou-se no fundo da quadra. Foi punida por violação de código. Conduta antidesportiva… mas os homens podem trocar de camisa na quadra”, escreveu no Twitter.
A WTA, Associação de Tênis Feminino, também saiu em defesa de Alizé. “A WTA sempre foi e será uma pioneira para as mulheres e os esportes femininos. Esta violação de código ocorreu de acordo com as regras do Grand Slam, e estamos satisfeitos de ver que a USTA agora mudou essa diretriz. Alizé não fez nada errado”.
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