Debate

Vazam conversas de estudantes combinando de cometer estupro na UFRA

08 • 08 • 2018 às 12:11
Atualizada em 08 • 08 • 2018 às 12:15
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A polícia está investigando um caso de apologia ao estupro em conversas mantidas pelo WhatsApp por um grupo de alunos da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

Os estudantes do campus de Belém do Pará combinavam quando e quem seriam as vítimas dos estupros. O teor das conversas vazou nas redes sociais e causou revolta. Quatro alunas procuraram a Polícia Civil, que registrou denúncia na Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológico (DPRCT).

“Bora logo meter o estupro. Estupro não, sexo surpresa”, diz um trecho das mensagens. Além da apologia ao estupro, o crime de racismo também pode ser constatado. “Aí depois perguntam por que eu não gosto de preto”.

De acordo com a denúncia, o grupo no aplicativo de mensagens reunia estudantes de vários cursos da universidade, que além dos relatos machistas, compartilhavam imagens de alunas nuas.

As conversas caíram nas redes sociais

Após o estouro do escândalo, a UFRA foi palco de protestos no restaurante universitário. Cartazes com prints das trocas de mensagens foram colados nas paredes da instituição de ensino e uma reunião entre os universitários está marcada para debater os rumos do caso.

“Isso não é fofoca. Isso coloca em risco a vida dessas garotas. É deprimente essa situação numa universidade. Estamos sem proteção. Em um ambiente universitário essas coisas ainda acontecem infelizmente”, disse ao G1 uma aluna que preferiu não ser identificada.

Em nota, a UFRA afirmou “repudiar ações de apologia a crimes feitas por meio de aplicativos de celular, pelos quais incorrem em comentários de cunho capcioso, ilegal e indignos à pessoa humana”.

A UFRA foi palco de uma série de manifestações

A universidade completou dizendo ter “agido para prevenir e apurar infrações, prestando devido apoio psicossocial aos alunos e realizando encaminhamentos cabíveis”.

Injúria, pedofilia, homofobia, são alguns crimes eletrônicos mais comuns. Levantamento feito por especialistas em Direito da Internet, mostra que existem mais de 17 mil decisões judiciais envolvendo problemas virtuais.

Para acabar com essa sensação de liberdade absoluta entre usuários com más intenções, a Justiça está combatendo a criminalidade cibernética com a aplicação do Código Penal e do Código Civil.

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