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A 75ª edição do Festival de Veneza terminou no sábado (8), e a lista de prováveis indicados ao Oscar 2019 já pode ser feita. Como de praxe, é do evento italiano que saem os principais concorrentes à estatueta dourada, e dessa vez não será diferente.
Pelo que vi, pelas premiações e por tudo que aconteceu nas duas semanas do festival de cinema mais antigo do mundo, listo os sete filmes que passaram em Veneza e devem estar nos Oscar do ano que vem.
A impecável história da empregada indígena que se vê diante de uma gravidez inesperada, e compartilha seus momentos de aflição com a família para a qual trabalha é inspirada na infância do cineasta mexicano Alfonso Cuáron. A impactante filmagem em preto e branco e a grandiosidade como a trama é contada tornaram o filme a unanimidade de Veneza. Mesmo vencedor do Oscar de direção por Gravidade (2014) – o filme ganhou sete estatuetas no total – ele só encontrou recursos para filmar este projeto graças a Netflix. Com o Leão de Ouro em Veneza, o filme deve ser exibido nos cinemas para conquistar, assim, a chance de ser indicado ao Oscar. Se concorrer como filme estrangeiro, não tem para ninguém. Outras categorias como fotografia e montagem ele também é imbatível. Vale ressaltar que Cuáron assumiu toda a parte técnica do longa, o que o torna ainda mais pessoal. E se a Academia não implicar com o fato de ser uma produção da Netflix, Veneza pode estar indicando mais um vencedor do Oscar.
A maior aposta do Festival de Veneza para o Oscar 2019. O diretor grego Yorgos Lanthimos já foi duas vezes indicado à estatueta dourada – filme estrangeiro com Dente Canino (2011) e roteiro original com O Lagosta (2017) – e pode se preparar para uma temporada repleta de indicações e, porque não, premiações. Roteiro inteligente, personagens instigantes, ótima fotografia, figurino impecável, direção de arte maravilhosa … o filme tem uma longa lista de qualidades. A maior força, porém, está no excelente elenco feminino, liderado por Emma Stone, Rachel Weisz e Olivia Colman, esta merecidamente vencedora da Coppa Volpi de melhor atriz em Veneza. O longa também ganhou o Grande Prêmio do Júri, o segundo mais importante do Festival. Que venha o Oscar.
Diretor do sucesso mundial Ferrugem e Osso (que foi esnobado pelo Oscar em 2013), o francês Jacques Audiard pode dar a volta por cima com seu primeiro filme falado em inglês. Além das ótimas atuações de Joaquin Phoenix e John C. Relly, o longa conta com um roteiro inteligente, que revisita o gênero western de uma forma original e inesperada. Audiard ganhou o Leão de Prata de direção em Veneza, o que torna ele e seu filme fortes candidatos ao Oscar 2019.
A parceria de Joel e Ethan Coen com a Netflix já tinha estreia garantida nos cinemas americanos para dezembro, mesmo antes do sucesso em Veneza. Com o prêmio de melhor roteiro do Festival, as chances dos Coen aparecerem novamente no Oscar são grandes. O western bem humorado, dividido em seis histórias – umas melhores que outras – conquistou público e crítica no Lido, e é a maior aposta da Netflix à estatueta dourada.
Diretor do cultuado O Escafandro e A Borboleta (pelo qual ganhou dois Globos de Ouro e foi indicado a quatro Oscars), Julian Schnabel está de volta com a cinebiografia do pintor Vicent Van Gogh. Além do forte apelo dramático da história real, ele conta com o ator Willem Dafoe como protagonista. E Dafoe faz o que sabe: uma interpretação soberba, garantindo a Coppa Volpi de melhor ator no Festival de Veneza e abrindo caminho para uma (merecida) indicação ao Oscar
A estreia do astro americano como diretor, unindo-se a Lady Gaga como protagonista, parou o Lido. Exibido fora de competição, o longa recebeu críticas positivas e pode emplacar indicações para o Oscar, especialmente pelas performances de Cooper e Gaga. Certo é que nas categorias trilha sonora e canção original o filme deve aparecer, e com boas chances de vitórias.
Logo em sua estreia, o diretor surpreendeu o mundo com o ótimo O Filho de Saul, que venceu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 2015, e ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2016. Sua segunda produção, Sunset, drama de guerra centrado em uma misteriosa personagem feminina, saiu sem prêmios de Veneza, mas é forte candidata ao Oscar do ano que vem, representando a Hungria entre os filmes estrangeiros.
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