Após Kombi, agora é a vez da Volkswagen anunciar fim do ‘novo’ Fusca

Vitor Paiva  • Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Um dos mais icônicos modelos e designs de automóvel em todos os tempos deixará de ser fabricado no ano que vem: a Volkswagen anunciou que 2019 será o último ano de fabricação do Fusca em seu modelo Beetle. A queda de vendas, a inclinação da empresa cada vez mais pelos carros elétricos, e a preferência do público por carros maiores e mais esportivos foram as justificativas apresentadas pela fábrica.

O fim do Fusca é sem dúvida um marco, como a descontinuação de um dos modelos de carros mais populares e amados em todos os tempos. Seu início, porém, é controverso: desenvolvido pelo grande engenheiro Ferdinand Porsche, quem encomendou um modelo barato e funcional que pudesse ser vendido à toda população alemã foi Adolf Hitler.

Hitler conhecendo o modelo

Ao fim da guerra, o carro se popularizou no mundo todo e, nos anos 1960 e 1970 tornou-se também um ícone jovem.

As vendas do New Beetle caíram 2,2% nesse ano, o que levou à decisão de, ao invés de refazer o modelo em versão elétrica, como vinha também sendo especulado, enfim abandonar sua fabricação. O último modelo será fabricado na Volkswagen do México, e essa será a terceira vez que o carro sairá de linha.

A própria marca já disse que a morte do Fusca não será, no entanto, necessariamente definitiva – e que ele sempre poderá ser ressuscitado em uma nova e incrível versão.