A Coca-Cola está acompanhando de perto o desenvolvimento do setor de produtos feitos à base de maconha. A gigante de bebidas norte-americana soltou comunicado dizendo estar estudando o lançamento de um refrigerante com canabidol – substância presente na erva, mas, diferente do THC, não é psicoativa.
Os planos foram revelados depois de que a Bloomberg, agência especializada em economia, reportou conversas entre a Coca-Cola e a Aurora Cannbis Inc. – companhia com sede em Edmonton, no Canadá, com licença para produzir a cannabis.
No momento, são poucos os detalhes sobre a Coca-Cola feita com maconha. Uma coisa é fato, a entrada da empresa só vai fortalecer este mercado em plena ascensão. Esta será a primeira vez que uma fabricante de bebidas não alcoólicas deste tamanho se aventura no mundo da maconha.

A presença da Coca-Cola deve sacudir o segmento de produtos à base de maconha
“Assim como outras empresas, estamos acompanhando de perto o crescimento do uso de substâncias não psicoativas como ingrediente para bebidas. O segmento está ganhando espaço rapidamente, mas nenhuma decisão foi tomada”, garantiu o porta-voz da Coca-Cola Kent Landers.
Aparentemente o mercado financeiro ficou animado com a possível parceria e as ações da Aurora e da própria Coca-Cola registraram alta no pregão da bolsa de Nova York. A única preocupação dos investidores é com as tarifas comerciais.
Desde a descriminalização em estados como a Califórnia, a indústria da maconha registra lucros enormes. Isso deve aumentar após a legalização da cannabis para o consumo recreativo no Canadá a partir de 17 de outubro. Além de marcar presença no mercado financeiro dos EUA, a erva é usada com frequência na infusão de cervejas e outras bebidas alcoólicas.
Em um cenário de franco crescimento, especialistas apostam em um lucro de 50 bilhões de dólares até 2026, contra os $ 6 bilhões de 2016.