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Sem querer, os irmãos Ethan e Joel Coen acabaram se envolvendo em uma polêmica no Festival de Veneza. O novo filme da dupla, The Ballad of Buster Scruggs, que era uma série e se transformou em um longa-metragem, foi apresentado no evento como um dos concorrentes ao Leão de Ouro. Grande aposta da Netflix (vai ser exibido nos cinemas americanos, no final deste ano, para concorrer ao Oscar), o longa entrou para o majoritário grupo de produções masculinas, ou seja, com histórias centradas em homens e protagonizadas por atores.
Em um ano onde somente uma diretora concorre ao Leão de Ouro, e quando a maioria dos filmes em competição tem elenco masculino – o que vem gerando protestos de associações feministas no Lido de Veneza, onde acontece o Festival -, os Coen não quiseram entrar em polêmicas sobre o assunto.
“Esse filme é a realização de uma vida. Foram 25 anos escrevendo essas historias e, finalmente, conseguimos realizá-las. Parece um caminho consciente e seguro, mas foi um trabalho de uma vida inteira”, explicou Ethan Coen em entrevista para um grupo de jornalistas.
Nos seis contos que formam The Ballad of Buster Scruggs, apenas em um deles uma mulher tem destaque na trama. A justificativa dos Coen é que eles se inspiraram no western spaghetti, como ficou conhecida, nas décadas de 1960 e 1970, os longas de faroeste, dirigidos por cineastas italianos como Sergio Leone, com protagonistas como Clint Eastwood.
Naquela época, poucos personagens femininos apareciam neste gênero de filme e, quando tinham algum destaque, eram os interesses amorosos dos protagonistas, ou seja, papeis sem maior profundidade. Os Coen remeteram a memória afetiva, e o modo como esses filmes eram feitos, para justificar o que todo mundo vê a décadas: faroeste é um gênero masculino.
“Éramos crianças, talvez com nove ou 10 anos de idade, e aproveitamos um feriado judaico e o fechamento de escolas para entrar em um cinema da cidade que nós crescemos, Minneapolis, para ver o filme Um Convite Para Um Tiroteio. Fomos pegos, é claro, e fomos até o escritório do diretor, que nos perguntou por que não estávamos na escola: ‘Somos judeus e hoje é uma festa’, respondemos. Desde então, só quebramos regras. Esse filme é isso, um sonho de criança. Estamos testemunhando o retorno ao faroeste “, disse Joel Coen.
Vale lembrar que os próprios Coen já tinham visitado o gênero com Bravura Indômita, em 2010, cuja protagonista é a atriz adolescente Hailee Steinfeld, que interpreta Mattie Ross, determinada a fazer justiça com as próprias mãos e capturar o assassino de seu pai, que fugiu com o dinheiro da família.
Ethan e Joel Coen finalizaram a entrevista lembrando que a intenção com The Ballad of Buster Scruggs era trazer os filmes de faroeste de volta. “Não se fazem mais filmes antológicos, então foi divertido ressuscitar o gênero”.
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