Crianças e adolescentes que retornarem das férias de verão na França terão uma surpresa. A partir de agora está vetado o uso de celular durante o horário de aula. E olhe, não apenas dentro da sala. Os smartphones não poderão ser sacados nem mesmo no intervalo.
De âmbito nacional, a medida faz parte de campanha encabeçada pelo presidente francês Emmanuel Macron e afeta instituições primárias e de ensino médio do país europeu. Tablets e relógios inteligentes também estão proibidos. Na prática, a regulamentação não é novidade, já que desde 2010 os celulares estão vetados nas salas de aula. A diferença se dá justamente pela expansão para o recreio.
Para o Ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, a “lei do século 21” pretende brecar o aumento da dependência dos estudantes dos aparelhos. Estudos apontam crescimento no déficit de atenção por causa dos smartphones.

Não seria melhor pensar em métodos de ensino com o celular?
A partir de agora, os estudantes devem desligar os aparelhos e armazená-los em armários. Fica por conta das escolas a criação de espaços próprios e medidas de controle. Além disso, maiores de 15 anos também podem ser impedidos se as instituições de ensino assim acharem.
O celular está presente em todos os momentos da vida cotidiana, seja no ônibus, no trabalho, em casa e por aí vai. Para professores e pedagogos, o caminho deve ser adequar suas funções e não bani-lo. O Canal Futura publicou estudo feito pela TIC Educação mostrando que, em 2016, 49% dos professores declararam usar o aparelho em atividades com alunos, 10% a mais do que no ano anterior.
Isso não quer dizer que o acesso às redes sociais esteja liberado. Na verdade, cabe aos educadores pensar em meios criativos para fazer do telefone um parceiro do aprendizado.