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Uma professora da Escola Municipal de Educação Infantil Estrada Turística do Jaraguá, na zona oeste de São Paulo, está sendo acusada de racismo ao pedir para uma criança de 4 anos alisar ou prender o cabelo.
Janaína Oliveira, mãe da pequena, disse ter sido surpreendida com o fato ao buscar a filha na escolha. A cuidadora de 32 anos revelou que a professora a chamou de canto para perguntar se “tinha como eu dar um jeito no cabelo da minha filha”. Nas palavras da educadora, “as crianças não estavam se adaptando a ela e estão xingando ela na sala de aula”.
O episódio reforça a presença do racismo em todos os ambientes da sociedade brasileira. Nem em uma sala de aula, crianças negras estão protegidas. Ao invés de orientar os colegas sobre a importância de se respeitar a diversidade e propor atividades que exaltem a beleza dos cabelos crespos, a educadora preferiu culpabilizar a menina de apenas 4 anos.
O nome disso é racismo, viu?
Janaína bateu o pé e impediu que sua filha fosse vítima da discriminação. “Ela gosta de usar o cabelo solto e como tem o couro cabeludo sensível, toda vez que prendo, machuca a cabeça dela”, encerrou. A cuidadora confirmou ter procurado a direção da Escola Infantil Estrada Turística do Jaraguá, que declarou ter realizado reunião com a diretoria, professores e professoras.
A instituição montou uma reunião de mediação de conflito para ouvir a família e a educadora. De acordo com a mãe, a professora vai passar por testes psiquiátricos para saber se pode ou não continuar dando aula.
A Secretaria Municipal de Educação se manifestou por meio de nota afirmando que a DRE Pirituba (Diretoria Regional de Educação) lamenta o episódio ocorrido em 22 de agosto e informa que abriu procedimento disciplinar contra a professora envolvida.
“Em reunião feita nesta segunda-feira (3), pela Comissão de Mediação de Conflitos, a DRE acolheu a família e prestou todos os esclarecimentos. Além disso, está realizando ações pedagógicas com os alunos da sala em que a criança estuda, onde estão sendo abordados temas como o respeito à diversidade. Os pais já informaram à direção escolar que não querem que a criança seja trocada de sala ou período para que não haja prejuízo pedagógico.”
Para especialistas em educação é preciso mais. O site Palavra de Preta publicou uma importante reflexão sobre o tema, apontando a frequência dos casos de racismo nas escolas brasileiras.
“Os anos escolares para as crianças negras, implicam num longo e sofrido período de violências racistas que tentam modelar e submeter a vida o corpo e os sonhos das crianças a uma possibilidade de ser gente negra que não vai muito além de um saci Pererê, negrinho do Pastoreio, sendo o máximo uma Escrava Isaura, negra que com passabilidade branca e seduz o branco salvador”.
Para Viviana Santiago, autora do texto, a educação precisa se despir de conceitos eurocentristas, que insistem em colocar os fenótipos negros em segundo plano.
“As crianças são apresentadas a contos infantis que sempre vão enfatizar como conteúdos elogiosos, a pele branca e os lindos cabelos lisos de meninas e meninos que os protagonizam, quando mencionada, a cor negra e o cabelo crespo sempre serão em tom de escárnio ou para representar crianças e pessoas de má índole endiabradas ignorantes”.
Para terminar, ficamos com a inspiração de MC Soffia. Sim, meninas pretinhas, vocês são rainhas:
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