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Todos os anos, a cidade de Uberlândia, no triângulo mineiro, se transforma em um grande palco para a nova música nacional. Em 2018 não foi diferente e o Festival Timbre montou dois grandes palcos para receber atrações nacionais com shows imperdíveis que não me canso de falar por aqui.
Vale marcar na agenda a cidade como roteiro para as próximas edições do Timbre, mas, enquanto aguardamos, aqui vai uma lista de mulheres maravilhosas que passaram pelo festival neste ano. O tema central “Nossa Voz, Nosso Poder” veio reforçar o papel fundamental das mulheres no cenário musical pelas vozes das cantoras mais influentes do Brasil.
Para a nossa alegria, cinco bandas e artistas de vozes femininas fizeram lançamentos mais do que especiais e foram convidadas a mostrar suas novidades musicais por lá. Pegue seu fone de ouvido e confira essas boas doses de som:
Quem viu Elza em cena nos últimos anos certamente se emocionou. Esta diva de voz rouca chega ao palco em um altar digno de uma deusa da música, ecoando por todos os cantos. Este trabalho mais recente mostra não só que, do alto dos 80 e tantos anos, Elza segue maravilhosa. Não só pela voz e pela presença de palco. Nananinanão. “Deus é Mulher” se trata de empoderamento, de política, de lugar de fala. Vindo numa sequencia arrbatadora depois do sucesso de “A Mulher do Fim do Mundo”, Elza canta sobre a força da mulher e dá voz a problemas sociais urgentes.
Com produção de Guilherme Kastrup, o álbum é definido como um samba punk eletrônico. De fato é uma Elza moderna, sintetizada e elétrica. Das 11 faixas, “Exu nas Escolas”, escrita por Kiko Dinucci e Edgar, emociona e dá um gás para o respeito aos diferentes pensamentos.
A rapper Drik, que já emprestava sua voz e personalidade ao coletivo Rimas & Melodias, compôs 5 músicas que refletem seus sentimentos, lutas e ideias unidas em um EP inédito. “Espelho”, lançado em 2017, é uma conversa com ela mesma onde expõe emoções e vivências – mas coloca o ouvinte em seu lugar. “Sociedade hipócrita/ Cada vez mais difícil viver nessa órbita/ Tudo gira em torno das notas/ se você não tem muitas eles nem te notam, não!”, abre a música Banho de Chuva, num misto de consciência dos tempos e memórias da infância.
Em um passeio entre o rap e o R&B, o trabalho tem direção musical assinada pelo produtor e beatmaker Grou, além de participações de Rincon Sapiência e Stefanie Roberta.
Uma viagem, uma abdução. Esse foi meu sentimento no show do Carne Doce. Daquelas bandas para se ver ao vivo pelo menos uma vez, sabe? Tem um efeito muito diferente de ouvir as músicas. A banda completa 5 anos lançando seu terceiro trabalho, “Tônus”. Depois do provocativo – e viciante – “Princesa”, a banda chega com composições mais melancólicas e com postura reinventada.
Em cena, tocam uma mistura dos dois álbuns deixando o show vibrante e intenso. A iluminação é um show à parte, que combinada à performance de Salma Jô abrem uma realidade paralela de frente para o público. A capa do álbum já dá a letra de como será a sensação. Se deixe levar.
O marco de vida que é a chegada dos 30 anos impactou a produção musical de Julia Branco. A voz da banda Todos Os Caetanos do Mundo lançou sua primeira aventura solo de forma madura e empoderada. Produzido por Chico Neves, que acompanha Julia no palco, o disco rendeu dois trabalhos diferentes, mas que conversam intimamente entre si.
Além das músicas poderosas, endossadas por esta voz magnífica, um vídeo-álbum acompanha o processo e traz visões de leitura para o trabalho. Das 11 faixas autorais, cinco renderam registros visuais. O trabalho de Julia se completa com a participação de Luiza Brina, da banda Graveola, que também a acompanha no palco formando o trio. Brina é coautora de “Peixes”, “Meu corpo”, “Quero ser livre” e “Cheia de dobras”, além de ter co-arranjado o disco e assinado as harmonias do álbum.
O show é um momento de cura. Nele, não há mulher que não se emocione com os poemas cantados ou recitados por Julia. Eu sou mulher/ E isso só me amplia/ Não cabe numa palavra/ Por tudo que acerta/ Que erra.
Numa pegada experimental que beira a psicodelia, o grupo gaúcho apresenta seu terceiro álbum, lançado em agosto de 2018 com 13 composições que transitam entre o indie sintetizado com batidas eletrônicas e a suavidade da voz – ora de Camila Cuqui, ora de Alércio.
A faixa “Como é bom ser lésbica” tem participação de Obinrin Trio, Aíla, Angélica Freitas, Bel, Gali (Camila Garófalo), Laura Bastos e Juliana Perdigão e é um mix quase country delicioso de coro político. O vídeo que apresenta todas as composições em sequencia, tem projeções de Caroline Rocha – uma viagem à parte. Os sons, um pouco tortos um pouco fluídos, se complementam e nos levam para outra realidade. Só mergulhar e sentir.
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