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As definições normativas de gênero começam na mais tenra infância, e são a base do machismo e de tantas outras violentas deformidades que marcam há milênios nossa sociedade. Tal dinâmica pode ser discreta, mas às vezes ela se escancara de forma assombrosa. Foi isso que uma usuária do Twitter chamada Sandra, que trabalha como palhaça, denunciou, depois de viver uma experiência exemplar com uma mãe e um filho durante uma sessão de pintura facial em um piquenique nos EUA. “Esse é meu olhar sobre a violência masculina na América”, ela começou sua história.
“Começa cedo, e é mais do que brincar com armas. É como a gente os constrange por sentirem qualquer coisa que não seja raiva”, ela continua, iniciando seu relato em uma série de tweets. Segundo Sandra, um garoto de 4 anos lhe pediu que pintasse uma borboleta em seu rosto. “Não, ele não quer isso”, disse, em seguida, sua mãe. Sandra insistiu que borboletas eram lindas, e que era o que ele queria, mas a mãe lhe disse que desse a ele algo “para garotos”.
Entra em cena o pai, dizendo que não queria seu filho pintado com uma borboleta. “Eu tentei, mas essa mulher estava com tanto medo de seu filho querer uma borboleta que me fez pintar uma caveira em sua bochecha”, seguiu Sandra – que ainda perguntou se ele também queria uma pequena borboleta e, mesmo com o menino dizendo que sim, a mãe lhe disse que perguntasse primeiro a ela.
“Ah, desculpe, pensei que era pra ele”, Sandra respondeu. “Eu sou sua mãe, você precisa perguntar pra mim”, a mulher retrucou. “Eu vejo isso toda hora. Nós estamos lhes ensinando que raiva e violência são as únicas coisas que os garotos podem vivenciar. Que valorizar a beleza e a elegância é vergonhoso”.
Por fim, depois de refletir sobre o impacto de envergonhar uma criança por querer pintar seu rosto – uma criança que queria uma borboleta e recebeu uma caveira – ela concluiu: “Epílogo: a mãe reclamou com meu chefe”. Trata-se de uma pequena crônica sobre como, em mínimos detalhes, as normatizações de gênero e a violência se misturam, alienando crianças de seu próprio desejo e alegria, e fabricando a frustração, a dor e a violência do futuro.
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