Diversidade

Batuque da BOA: Fomos à Madureira curtir uma de bamba com novos e antigos mestres do samba

09 • 11 • 2018 às 17:13
Atualizada em 09 • 11 • 2018 às 17:15
Raquel Arellano
Raquel Arellano Historiadora e analista de marketing, sempre em busca dos melhores sabores e dos melhores rolés. Também é blogueira, apaixonada por gastronomia.

Foi no Parque Madureira, coração da Zona Norte do Rio de Janeiro, que aconteceu a  mais recente edição do Batuque da BOA, promovido pela Antarctica.

Para quem não sabe, Madureira é considerado berço do samba carioca, abrigando duas das maiores agremiações da cidade – Portela e Império Serrano – e também vendo nascer importantes rodas de samba. Por isso, nada melhor do que prestigiar uma nova safra de compositores de um gênero que traduz a voz do povo em um bairro com tanta história ligada ao gênero musical.

Contando com grandes nomes do samba na atualidade, o evento gratuito reuniu mais de 30 mil pessoas  no sábado (3). Além das apresentações dos artistas, também rolou a final do concurso, que contou com mais de 250 composições inscritas, sendo apenas 10 finalistas.

As canções foram avaliadas por um time de jurados presidido por Nei Lopes, formado por Paulão 7 Cordas, Marcos Suzano, Rodrigo Campello e Dorina. Além das notas do júri, também houve votação popular pelo site da marca. “Na Boca Do Povo“, escrita por Tinho Brito, se sagrou a vencedora da 4ª edição do concurso, faturando o prêmio de R$ 40 mil.

Por volta das 15h, o Batuque da BOA começou a todo vapor, comandado pelo grupo da Ilha do Governador, EJS (vencedor do concurso Bambas da BOA em 2017). Em seguida, foi a vez do Cacique de Ramos levantar o público do evento, que enfrentou um calor típico do verão carioca, sem deixar de lado o samba no pé, acompanhando em coro os clássicos tocados pelo tradicional grupo de Ramos.

Em seguida, o palco recebeu as presenças ilustres de Nei Lopes, Juninho Thymbao e Pretinho da Serrinha. Depois disso, Moyseis Marques, Mariene de Castro, Ana Costa, Dudu Nobre e Arlindinho interpretaram as 10 canções que chegaram na final.

Um dos momentos mais emocionantes da noite ficou por conta de Arlindinho, que dedicou “Meu Lugar” ao pai, o grande sambista Arlindo Cruz. Em uma transmissão via celular, Arlindinho dedicava a canção imortalizada na voz de Arlindo, uma verdadeira declaração de amor ao bairro de Madureira.

O público já estava muito animado, mas entrou em êxtase na última etapa do evento com os shows de Diogo Nogueira, Fundo de Quintal, o anúncio do grande vencedor e a emocionante homenagem feita ao protagonista do projeto, Gonzaguinha.

A roda de samba do Cacique de Ramos e Nei Lopes interpretaram pela primeira vez ao vivo a música “Céu país”, canção gravada por meio de uma tecnologia que reproduziu a voz do cantor, permitindo que a canção (censurado durante a ditadura) se tornasse pública. A iniciativa faz parte do projeto criado pela Antarctica chamado “Samba Sem Censura”.

Para Bruna Buás, diretora de marketing de Antarctica, o evento foi o encerramento perfeito para a 4ª edição do Batuque da BOA.

“Nossa relação com o samba e com o carioca é sólida e de longa data. Já realizamos diversos projetos pensando em celebrar essa linda união e dessa vez estamos muito felizes em reunir 30 mil pessoas no Parque Madureira, pois confirma que estamos no caminho certo. Reunir tantos compositores e incentivar a tirarem suas músicas da gaveta para apresentação ao público e encerrar com a premiação de um grande compositor mantém viva nossa máxima de que coisa BOA gera coisa BOA”.

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