O nível da educação no Brasil atingiu um novo patamar. Segundo a Varkey Foundation, órgão dedicado à melhoria da educação mundial, o país está no último lugar no ranking de status do professor.
Salários baixos, falta de respeito, investimento e estrutura abalam a confiança dos brasileiros. Menos de um em cada 10 acreditam que o professor é respeitado dentro da sala de aula. A pesquisa, realizada em 35 países, ouviu mil pessoas entre 16 e 64 anos. Os dados foram divulgados na última quarta-feira (7) pela entidade.
A educação brasileira vai mal no cenário mundial. Ao contrário de outros países, que registraram alguma melhora desde a última edição da pesquisa em 2013, o Brasil piorou, caindo da penúltima para a última posição.

A educação é um problema crônico da história brasileira
O primeiro lugar é ocupado pela China, seguida de Malária, Taiwan e Rússia. Além do Brasil, as últimas posições são divididas por Israel, Itália, Gana e Argentina.
Calma que piora
Além da falta de prestígio no âmbito geral, o Brasil não consegue bom desempenho nos recortes específicos. A pesquisa mostra a ausência de um entendimento sobre a relação entre o trabalho do professor e a remuneração.
Por exemplo, os entrevistados acreditam que os educadores trabalham, em média, 39,2 horas semanais. Mas, na verdade, ele dedicam semanalmente 47,7 horas por semana. Outro ponto importante, para os jovens e idosos, professores recebem salário médio inicial de US$ 15 mil. A real remuneração é de US$ 13 mil.
Pouco se faz para alterar o cenário. Atualmente no Brasil, a sociedade discute o projeto Escola Sem Partido, que pretende impedir os professores de debater fatos históricos em nome de uma suposta doutrinação ideológica. Enquanto isso, professoras e professores seguem ganhando mal com medo e desestimulados em ensinar os alunos.