O racismo no Brasil e no mundo é histórico e atinge pessoas negras nas suas mais diversas posições sociais. Já falamos de atos racistas contra advogadas, tenistas famosas e até contra crianças na plenitude da infância. Mas é sempre importante lembrar que o tema é uma problemática branca, ou seja, de responsabilidade de pessoas brancas acima de tudo. Isso quer dizer que é dever principalmente delas lutar contra isso.
Mas nós sabemos que o tema é delicado e falar sobre não é sempre uma tarefa simples.

Por isso, o Hypeness me convidou para dar dicas aos amigos brancos de como eles podem tentar nos ajudar de maneira mais concreta.
Vamos lá?
65 atitudes simples para ajudar a vida da comunidade negra
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Acredite em uma pessoa negra quando ela diz que racismo existe.
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Não trate todas as pessoas negras como se elas pensassem a mesma coisa sobre tudo.
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Não defina a qual raça uma pessoa negra não identificada pertence. Deixe que ela busque sua identificação e dê apoio emocional para isso.
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Não trate a África como se fosse um país. É um continente gigante e bastante diversificado.
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Não chame uma pessoa integrante de religiões afro de macumbeira. A não ser que você pertença a uma dessas religiões.
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Não faça piadas estereotipadas como “negro tem pau grande” ou “mulher negra tem que saber sambar”. Não é elogio.
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Não fale só sobre racismo com pessoas negras e nem infira que toda pessoa negra sabe falar sobre a questão.
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Nunca use a frase “tenho amigos negros” para provar que você não é racista.
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Elogie nossos cabelos sem tocar, por favor.
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Tente não usar os termos “nego”, “neguinho” e etc como figura de linguagem.
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Nunca diga que você é um “branco de alma preta”.
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Se você usa algum penteado afro, tenha a humildade de ouvir pessoas negras que venham a te acusar de apropriação cultural.
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Se uma pessoa negra diz que seu emocional foi prejudicado pelas experiências envolvendo racismo, acredite e a apoie emocionalmente.
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Apoie iniciativas de empreendedorismo tocadas por pessoas negras.
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Não se ofenda quando uma pessoa negra criticar os brancos e entenda que o contexto é muito maior do que você.
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Isso me lembra que: não diga que “nem todo branco é racista”. Achar que a gente não tem capacidade de entender isso é ser racista.
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Não diga que somos todos humanos.
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Nem que somos todos iguais.
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Ou que lutamos para todos sermos iguais.

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Não pergunte a uma mulher negra ‘se o cabelo dela é dela mesmo’.
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Não diga que pessoas negras têm beleza exótica em NENHUMA HIPÓTESE.
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Se você namora uma pessoa negra, não a utilize como um chaveirinho que prova que você não é racista.
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Não se cale quando seus amigos brancos dizem coisas racistas próximas a você.
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Não deixe o peso de lutar contra o racismo estrutural só nas costas das pessoas negras.
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Não trate com normalidade ambientes de espaço de poder onde só há pessoas brancas.
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Questione a razão pela qual todas as pessoas negras do seu trabalho/instituição de ensino estão trabalhando nas áreas de serviço.
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Não questione as cotas raciais.
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Não se coloque como ‘advogado do diabo’ em discussões sobre raça.
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Repita sempre o mantra: racismo é uma problemática branca.
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Não ache legal pessoas brancas usarem drogas se você acha que o genocídio negro disfarçado de guerra ao tráfico não é problema seu.
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Eu imploro: não relativizem black face.
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Não questione o feriado da Consciência Negra.
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Não infira que toda pessoa negra tem origem humilde pelo simples fato de ser negra.
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Sempre questione qualquer grupo de discussão sobre sociedade que não tenha pessoas negras.
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Não pense que o fato de você ser integrante da comunidade LGBTQ+ te exclui da possibilidade de ser racista.
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Jamais pense que você entende a dor de sofrer racismo, porque você não entende.
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Não diga que “o rap é de todos” quando for defender um rapper branco.

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Não vale dizer que gosta de funk se você tem medo do motorista do seu aplicativo de transporte fazer um caminho “por alguma comunidade”.
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Você, enquanto pessoa branca, precisa assumir sua parcela de responsabilidade na existência do racismo, uma vez que você se beneficia dele.
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Não consuma produtos de marcas envolvidas em casos de racismo.
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Se você participa de algum movimento social, incentive pessoas negras a discursarem e tomarem o protagonismo das discussões.
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Ouça pessoas negras.
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Questione-se se você só consome filmes, músicas e séries feitas por pessoas brancas.
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Parece óbvio, mas não é: não atravesse a rua quando ver um homem negro no seu caminho.
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Não trate relacionamentos com pessoas negras como fetiche.
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Não pense que o racismo só acontece quando alguém chama uma pessoa negra de macaca.
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Pare de dar apelidos a pessoas negras como “Negão, Grafite, Pelézinho” etc.
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Não use a palavra denegrir.
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Esteja ao lado de pessoas negras nos momentos de vulnerabilidade causados pelo racismo.
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Assista “Corra!”.
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E Moonlight.
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E qualquer outra produção que fale sobre raça e injustiça racial.
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Não chame uma pessoa negra de capitão do mato porque você não tem esse direito.
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Não cobre uma pessoa negra por não se posicionar contra o racismo sem buscar entender o que a leva a ter esse comportamento.
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Estude sobre viés inconsciente.
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Não coloque homens brancos e negros na mesma cesta quando for falar sobre sociedade patriarcal.
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Sempre que possível, faça recortes de raça quando for falar sobre questões sociais.
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Não faça pouco caso da insegurança de uma pessoa negra.
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Não abandone uma pessoa negra que esteja passando por uma crise de autoestima, insegurança ou de qualquer ordem emocional.
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Não fale com pessoas negras só sobre racismo.
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Não fale “escravos”. O correto é “escravizados”.
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Na dúvida, PERGUNTE.

Posso contar com vocês?