Inspiração

Coração do filho do goleiro do Cruzeiro morto em acidente doméstico salva vida de bebê

21 • 11 • 2018 às 10:28 Redação Hypeness
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O coração de Lucca Guilherme, filho do ex-goleiro do Cruzeiro Elisson, está batendo no peito de um bebê de 11 meses. O pequeno recebeu a doação no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em São José do Rio Preto, no interior paulista.

De acordo com o hospital, o paciente foi o mais jovem a receber um transplante de coração na unidade. O bebê de 11 meses nasceu com miocardiopatia dilatada, doença responsável por fazer o coração aumentar de tamanho, o que dificulta o bombeamento de sangue para o resto do corpo.

A história envolvendo um caso de transplante é cercada de momentos de apreensão e expectativa. Nesta situação não foi diferente e para garantir o sucesso de operação, a Funfarme – responsável por manter o HCM, utilizou um jato para levar um médico até Betim para retirar o coração do doador.

Lucca foi vítima de um acidente doméstico

Tudo aconteceu em apenas três horas. A rapidez faz parte do cronograma, já que a cirurgia deve acontecer em até quatro horas. O procedimento foi um sucesso e o bebê segue em uma Unidade de Terapia Intensiva.

Luto e gratidão

Embora de luto pela perda precoce do filho, o ex-goleiro do Cruzeiro postou nas redes sociais uma mensagem sobre Lucca e o transplante. “Hoje percebi ainda mais como meu pequeno anjo tocou o coração de todos vocês. Vá em paz meu filho! Sua luz e amor perdurarão para sempre em nossos corações”.

Lucca faleceu depois de não resistir aos ferimentos provocados por um armário. O garoto estava com a família em um sítio em Betim, quando se apoiou no móvel para pegar um refrigerante. O armário cedeu e acabou caindo em cima dele. O pequeno entrou em coma profundo e morreu cinco dias depois.

A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) diz que em 2017 houve um crescimento de 14% na taxa de doadores. Ainda falta, já que o Brasil está na 33ª posição quando é estabelecida uma relação entre população e realização de intervenções cirúrgicas.

Quando o assunto são transplantes de coração, o Brasil atende apenas 23% da demanda. Foram 380 cirurgias em 2017, mas seriam necessárias 1,2 mil para zerar o déficit. Especialistas criticam a falta de centros especializados e doadores.

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Foto: Reprodução


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