Debate

Cultivo de maconha para uso medicinal pode ser aprovado hoje no Senado

21 • 11 • 2018 às 11:43
Atualizada em 21 • 11 • 2018 às 11:45
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vai analisar nesta quarta-feira (21) o substitutivo proposto pela senadora Marta Suplicy (MDB-SP) para descriminalização do cultivo da maconha para uso pessoal terapêutico (PLS 514/2017).

O projeto substitutivo da senadora paulista pretende alterar também a Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) ao autorizar o cultivo e a colheita da erva para associações de pacientes ou familiares de pessoas que recorrem ao uso medicinal da maconha seguindo prescrições médicas. No site do Senado, o projeto alcançou 110 mil votos favoráveis e 3 mil contrários.

Marta Suplicy argumenta que o tema não pode ficar refém de um debate ideológico ou político. A senadora pede que seja levado em consideração pesquisas sobre benefícios da cannabis no tratamento de problemas como autismo, epilepsia, Alzheimer, Parkinson, entre outros.

A possível legalização pode facilitar a vida de muita gente

“Mais que tudo, é preciso que tenhamos empatia e nos coloquemos no lugar do outro. É assim que defendemos a verdadeira essência do cuidado em saúde, que é mitigar o sofrimento humano”, declarou ao Senado Notícias.

A parlamentar alerta também para a urgência de integrar os brasileiros com o progresso. “Não há justificativa plausível para deixar a população brasileira alijada dos avanços científicos nesta área”.

A tendência é que a maconha medicinal ganhe espaço no Brasil. Nos últimos três anos, mais de 78 mil unidades de produtos à base da erva foram importados pelo país. O período coincide com a autorização do uso terapêutico de canabidiol pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2015.  

Medicamentos com maconha foram prescritos por mais de 800 médicos no Brasil. Mais de 4 mil pessoas estão autorizadas a importar o produto para consumo próprio.

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Foto: Reprodução


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