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Empresário ligado a escândalo do WhatsApp vai coordenar transição da Comunicação de Bolsonaro

06 • 11 • 2018 às 09:29
Atualizada em 06 • 11 • 2018 às 09:33
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou oficialmente os primeiros nomes de seu time de transição. Além da ausência de mulheres entre os 28 nomeados, a presença do empresário Marcos Aurélio Carvalho chama a atenção.

Carvalho é sócio de uma empresa ligada à investigação sobre o disparo em massa de mensagens falsas pelo WhatsApp contra o então candidato Fernando Haddad (PT). A companhia foi responsável pela doação da maior quantia ao agora presidente. De acordo com a Justiça Eleitoral, a AM4 enviou R$ 650 mil para Bolsonaro. Os valores podem mudar até dia 17 de novembro, prazo final para a prestação de contas dos que disputaram o segundo turno.

Enquanto sócio-administrador, de acordo com a lei que impede a atuação de servidores públicos como gestores de empresas, Marcos Aurélio não poderia assumir o cargo no governo de transição. No próprio cadastro de pessoas jurídicas da Receita, ele aparece como um dos três sócios da AM4, com sede no município de Barra Mansa (RJ).

Além disso, equipe de transição de Bolsonaro não possui nenhuma mulher

O empresário diz que segue sócio da empresa, mas teria se afastado do cargo diretivo e está aguardando a atualização de dados pela Junta Comercial do Rio de Janeiro.  Durante o período de transição entre os governos Temer e Bolsonaro, Marcos Aurélio Carvalho vai receber salário de R$ 9,9 mil.

Sobre a presença de Marcos e sua ligação com o envio de fake news via WhatsApp, a assessoria de imprensa da equipe de transição de Jair Bolsonaro não quis comentar.

Durante o segundo turno das eleições, o Jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem acusando empresários apoiadores de Jair Bolsonaro de enviarem pacotes de mensagens falsas pelo aplicativo de mensagens.

Segundo a reportagem do jornal paulista, o esquema custava por volta de R$ 12 milhões por pacote de fake news disparado pelo aplicativo de mensagens. Cada mensagem custaria entre R$ 0,08 a R$ 0,40. Entre os nomes envolvidos, segundo a reportagem, está o de Luciano Hang, dono da Havan, que já havia sido multado em R$ 10 mil pelo TSE por contratação irregular de impulsionamento de propaganda eleitoral na internet favorável a Jair Bolsonaro.

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Foto: Reprodução


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