Inteligência artificial consegue detectar sinais de depressão pela voz de uma pessoa
Ciência

Inteligência artificial consegue detectar sinais de depressão pela voz de uma pessoa

12 • 11 • 2018 às 08:15 Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Diagnosticar em um paciente ou mesmo perceber em si os sintomas da depressão não é uma tarefa simples ou clara – trata-se de doença complexa em sua aparição e funcionamento. Por isso, a estimativa da Organização Mundial de Saúde de que no mundo mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão pode ser ainda tímida: possivelmente muita gente vive com tal mal sem nem mesmo saber. Um algoritmo de inteligência artificial, no entanto, promete ajudar a combater tal problema através justamente do ponto de partida desse combate: no diagnóstico.

Estimativa da OMS é de que 300 milhões de pessoas sofrem de depressão

Segundo os cientistas do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial da MIT, nos EUA, responsáveis pelo desenvolvimento do algoritmo, através de análise de textos e áudios de conversa é possível confirmar ou não a presença da depressão – e o resultado até aqui vem acertando em 77% dos casos.

Tal porcentagem foi alcançada a partir de uma pesquisa com 142 pacientes, em que 30 pessoas já eram diagnosticadas com depressão. O algoritmo é capaz de perceber detalhes como nuances no tom de voz, e independe de um contexto para funcionar.

O algoritmo acertou em 77% dos casos

O algoritmo, a partir de tais análises, estabelece uma escala do 0 ao 27 para diagnosticar a pessoa em questão. A margem de erro, ainda que bastante eficaz, não substitui de forma alguma o trabalho presencial de um profissional, mas pode servir como um importante aliado para, por fim, o paciente chegar ao que de fato pode lhe salvar: os ouvidos e conhecimentos de um profissional.

O algoritmo não substitui, no entanto, o ofício humano

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