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A exclusão social se dá de diferentes formas. O exemplo apresentado pela professora Mariana Pimentel se encaixa perfeitamente no âmbito da desigualdade que permeia uma cidade do tamanho de São Paulo.
A educadora usou a abertura de um quiosque do McDonald’s no bairro de Cidade Tiradentes, na zona leste de da capital paulista, para explicar as diferenças entre ser bandido e marginalizado.
“Abriu um McDonald’s na Cidade Tiradentes. O primeiro. Nem é o restaurante, é um quiosque. Um quiosque do Mc Donald’s, no estacionamento de um supermercado, que vai vender só casquinha e sobremesas. Faz três dias que esse assunto não sai do status e dos stories dos meus alunos. Postaram na página do bairro, tiraram fotos, estão ansiosos, estão felizes e dizem que agora sim é um bairro de verdade”.
Porque é importante refletir sobre acessos
Com mais de 211 mil habitantes, (a capital do Tocantins tem 217 mil) Cidade Tiradentes faz parte de uma São Paulo invisível. Carente não só de serviços básicos, mas opções de lazer, o bairro contrasta com o avanço e oferta de áreas como a Avenida Paulista.
Aliás, como diz Mariana no texto publicado em seu perfil do Facebook, muitas crianças e adolescentes nascidos nas periferias de São Paulo sequer conhecem pontos turísticos como o Masp ou a própria Paulista.
“Você tá aí tomando seu Bacio di Latte na avenida Paulista todo dia sem perceber o que isso significa. Meus alunos nunca foram na avenida Paulista e contam isso falando “ah, mas é longe, né?! É lá em São Paulo!”.
Nem diante dos avanços de políticas de mobilidade na capital paulista nos últimos anos, a periferia foi lembrada. Apenas na região da Consolação, existem ao menos três estações de metrô, Paulista, Higienópolis-Mackenzie e a própria Consolação.
Em Cidade Tiradentes, se você quiser ir para o centro, precisa primeiro pegar um ônibus no terminal urbano. Não se espante se levar quatro horas para percorrer os 35 quilômetros até o marco zero da cidade.
Cidade Tiradentes segue a regra das periferias e subúrbios de outras capitais do país. O lugar é com frequência estereotipado e alvo de comentários racistas dos que vivem da ponte pra lá.
Para se ter ideia, ao lado de Guaianases e Itaim Paulista, Cidade Tiradentes abriga a maior parte de negras e negros de São Paulo. Sâo 55,4%, 54,6% e 54%, respectivamente. O bairro de classe média alta de Pinheiros possui apenas 7,3%.
Cidade Tiradentes é uma São Paulo que não pode ser vista
A mentalidade racista não permite que as pessoas vejam a influência do descaso, por exemplo, no surgimento de menos oportunidades ao habitantes de espaços de vulnerabilidade. O Ministério do Trabalho e Emprego diz que um cidadão negro recebe em São Paulo uma renda média domiciliar 2,5 vezes menor do que um branco.
A falta de opções não se restringe somente ao trabalho. A ausência de espaços de lazer são decisivas no aumento da violência. Trocando em miúdos, a professora Mariana Pimentel mostrou didaticamente como a exclusão social deixa feridas complexas. É como há décadas pregam os Racionais MC’s, a periferia tem vontade própria e deve ser respeitada.
“Faz três dias que esse assunto não sai do status e dos stories dos meus alunos. Postaram na página do bairro, tiraram fotos, estão ansiosos, estão felizes e dizem que agora sim é um bairro de verdade”, refletiu Mariana.
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