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A importância dos Racionais MC’s, não só para o Rap brasileiro mas para a própria música e cultura nacional é hoje ponto inquestionável. A maior banda do estilo no Brasil tornou-se recente “leitura obrigatória” no vestibular da Unicamp, e seu mais importante disco, Sobrevivendo no Inferno, de 1997, foi celebrado e transformado em um livro recentemente pela Companhia das Letras. Compreendido por muitos como “a bíblia do rap nacional”, o disco é um marco por sua contundência e por sua renovável atualidade – além da qualidade das músicas de Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e DJ KL Jay.
A banda Racionais MC’s
Há, porém, muito mais nessa obra-prima e em toda a discografia da banda do que somente o reconhecimento de crítica e o sucesso comercial. Os Racionais são também um acontecimento político para a afirmação da cultura negra e as denúncias sobre racismo e violência no país até hoje.
A filósofa e ativista Djamila Ribeiro
Para mergulhar nesse verdadeiro documento transformador, a ativista, feminista e filósofa Djamila Ribeiro destrinchou as profundezas simbólicas, sociais e culturais do disco em um vídeo.
Divulgado pelo canal RacionaisTV no YouTube, o vídeo mostra não só o impacto do trabalho, como a importância que a cultura, a arte e a liberdade de expressão podem ter para um povo e um país. Um dos grandes nomes dos estudos de raça e gênero na atualidade, Djamila oferece a dimensão precisa do que tal banda significou e ainda significa para a população negra e mesmo a música brasileira.
“Quando estamos em uma realidade de muita desigualdade e violência, claro que vamos sentir ódio daquilo que estamos vivendo. E, muitas vezes, acabamos fazendo mal para nós mesmos, fica uma coisa meio kamikaze muitas vezes. Os Racionais conseguiram organizar o ódio de uma maneira brilhante. Eles canalizaram isso para a música, para uma forma de se comunicar quando eles pensavam a realidade deles”, conta Djamila.
“Todo mundo que for ler [o livro] vai conseguir entender o que eles dizem, a estratégia foi tão eficaz, que eles chegaram em todos lugares do Brasil, servindo de base para um monte de grupos que vieram, para um monte de pessoas que conseguiram entender suas realidades e foram criar outros espaços […]. Eu aprendi. Você pega as letras dos caras… eles estão aí até hoje. Decidiram organizar o ódio, transformando isso em brilhantismo tão grande que não vai ter como as pessoas não nos ouvirem”.
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