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Após pressão de ambientalistas, Ibama nega licença para exploração de petróleo nos Corais da Amazônia

11 • 12 • 2018 às 13:23
Atualizada em 11 • 12 • 2018 às 14:32
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Pelo menos por hora, a Amazônia está livre de alguns danos provocados pela ação do homem. O Ibama negou licença para a exploração de petróleo nos Corais da Amazônia.

O Grande Sistema Recifal da Amazônia, um ecossistema único, fica na Bacia do Rio Amazonas e viu os riscos para sua extinção diminuírem com a decisão do órgão ambiental. A intenção de explorar o local era da petroleira francesa Total.

Suely Araújo, presidente do Ibama e autora do despacho, diz que o Plano de Emergência Individual (PEI) está cercado de incertezas e existem grandes chances de vazamentos de óleo, que poderia atingir em cheio os recifes biogênico e a biodiversidade marinha.

O Greenpeace exerce forte pressão em defesa dos corais

Não pense que a conquista foi fácil. Com o avanço de uma visão conservadora e de setores que desacreditando os efeitos do aquecimento global, pesquisadores brasileiros tiveram que desconstruir e publicizar uma série de documentos apresentados pela Total no processo.

O Greenpeace utilizou um navio, o Esperanza, para realizar duas expedições até a região Amazônica. A embarcação foi responsável pela descoberta de um ecossistema de pelo menos 56 mil quilômetros quadrados, um dos maiores recifes da América do Sul.

Com isso, o Ministério Público Federal (MPF) foi acionado por meio do procurador Joaquim Cabral da Costa Neto, recomendando que o Ibama não emitisse autorização para a continuidade dos trabalhos da Total.

“Essa é uma ótima notícia para os Corais da Amazônia, um ecossistema único e do qual ainda se sabe pouco. E uma ótima notícia para as comunidades locais e o ativismo ambiental porque prova o poder da mobilização popular”, disse à Galileu Thiago Almeida, coordenador da campanha Defenda os Corais da Amazônia, do Greenpeace Brasil.

Novo ministro do meio ambiente

Escolhido para chefiar a pasta do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do Partido Novo de São Paulo, dá calafrios em ativistas ambientais. O ex-candidato a deputado federal, ligado ao Movimento Endireita Brasil, é réu em uma ação de improbidade administrativa movida por quatro promotores do Ministério Público de São Paulo.

O Ministério do Meio Ambiente pode adotar políticas conservadoras no novo governo

A ação corre desde novembro de 2017 na 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. os promotores afirmam que no governo Geraldo Alckmin (PSDB), Salles e outras duas pessoas teriam fraudado o processo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, no ano de 2016.

Aquecimento global é trama marxista

A indicação de Ernesto Araújo para o Ministério das Relações Exteriores foi tema de análises nos principais jornais do planeta. Indicado por Olavo de Carvalho, o diplomata classifica o aquecimento global como “uma invenção marxista”.

Ernesto Araújo diz que o aquecimento global é “trama marxista”

“Esse dogma vem servindo para justificar o aumento do poder regulador dos Estados sobre a economia e o poder das instituições internacionais sobre os Estados nacionais e suas populações, bem como para sufocar o crescimento econômico nos países capitalistas democráticos e favorecer o crescimento da China”, escreveu em seu blog pessoal.

Para o novo chanceler brasileiro, “a esquerda sequestrou a causa ambiental e a perverteu até chegar ao paroxismo, nos últimos 20 anos, com a ideologia da mudança climática, o climatismo”.

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Fotos: foto 1: Greenpeace/Reprodução/foto 2: Reprodução/foto 3: Reprodução/EBC


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