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Desde muito nova tenho paixão pela gastronomia japonesa. Já com 8 anos implorava para minha mãe me levar para comer sushi e até hoje sigo na busca por experiência gastronômicas típicas do país. Dentro disso, o saquê que entrava como aperitivo foi caindo cada vez mais no gosto do meu paladar. Chega então o dia que uma amiga me convida para o Sakesoldiers Festival e fui animadíssima provar diferentes tipos da tradicional bebida de arroz fermentado.
Chego lá e o choque: saquê não é a tal bebida de arroz. Pasme, mas esta bebida específica nada mais é do que um tipo de saquê. Sim, meus consagrados, a palavra saquê na verdade é usada para todas as bebidas alcoólicas produzidas no Japão. Foram os ocidentais que deduziram que era uma designação só para os fermentados de arroz pois era a bebida que mais viam os japoneses consumirem. “O nome original do que chamamos hoje de saquê era Nihonshu , nihon de Japão e shu de bebida alcoólica, assim, a bebida alcoólica do Japão”, explica o sommelier Celso Ishiy. Ah, o conhecimento. Como não amar?
O Sakesoldiers Festival então conseguiu dedicar um dia inteiro às tradicionais bebidas nipônicas. Por ali, nomes consagrados da gastronomia paulistana como os chefs Edson Yamashita, do estrelado Ryo, e Rafael Hidaka, do Tartuferia Giapponese, além dos restaurateurs e empresários Nino Mamoru, Celso Ishiy, Marcell Kokubo e Andre Park, juntaram-se e criaram um momento especial para os apaixonados por bebidas alcoólicas japonesas.
Nesta oportunidade, degustamos e aprendemos mais sobre 25 rótulos, entre eles o fermentado de arroz, cervejas artesanais, vinhos e Sochu – um típico destilado do país que se compara com a vodka -, além de uma água mais do que especial.
Esta maravilha que hoje chamamos de saquê era a estrela principal do evento. Por ali, nada de caipirinhas ou drinks. O saquê hoje já tem uma produção intensa de rótulos premium, que são mais finos e delicados que o tipo comum. Você não colocaria açúcar num whisky 12 anos, certo? Com o saquê é a mesma coisa. Isso vale para o sal na borda também. Se a bebida é de boa qualidade, não tem necessidade. Em seu livro, o “Guia Prático do Saquê”, Celso Ishiy conta ainda mais sobre o mito que diz que o saquê premium não dá ressaca. Isso por que as impurezas, proteínas e ácidos graxos, que causariam o estrago maior no dia seguinte, são eliminadas no polimento do arroz.
O polimento é um dos principais fatores que garantem a qualidade da bebida e pode variar de 30% a 50% do grão. Mas não é só um bom arroz polido que resulta num bom saquê. A água usada, o processo de fermentação e até a harmonização interferem muito na experiência.
Outra pílula do conhecimento que o festival me trouxe foi sobre o copo para beber o saquê. Fui uma vez no restaurante e me serviram em uma taça. Achei particularmente entranho por que até nos mais premiados restaurantes sempre fui servida no massu, aquele copo desajeitado porém bonito de madeira. Esse nada mais é que um habito antigo que alguns lugares mantém. O massu, segundo explica Ishiy, era a antiga unidade de medida de arroz. Como os camponeses eram pobres, o usavam para comer um mingau alcoólico que resultou mais tarde no saquê. Hoje é mais usado em festas de casamento para homenagear esses trabalhadores que criaram a bebida.
Por falar em casamento, uma das bebidas indicadas para presentes em festas especiais é o saquê com flocos de ouro. Ele está na categoria premium e o que provei era realmente gostoso – o ouro é só em pequenos flocos que são adicionados para simbolizar riqueza. De fato me senti bem ryka (rs).
Depois de muita informação e álcool, um pouco de hidratação que o corpinho merece. Mas não vamos beber qualquer água não. Ali conhecemos um filtro especial que alcaliniza a água da torneira, fazendo o mesmo efeito da água encontrada da ilha japonesa de Okinawa, que é considerada milagrosa. “Ela é antioxidante, alcalina, tem baixa tensão superficial e alta condutividade, esses quatro fatores fazem com que o corpo funcione melhor, aumentando a longevidade”, conta o representante da Kanjen Water. É uma água de fato muito leve e com poder de hidratação super potente que pode ser usada ainda para limpar o rosto e cozinhar.
Os filtros da Kangen Water prometem eliminar até a ressaca pelo poder de hidratação da água alcalina
Por ali conheci também um trio maravilhoso de mulheres decendentes de japoneses que produzem cervejas artesanais. A Cervejaria Japas produz : “A gente usa sempre ingredientes que lembram muito a nossa infância e quem a gente é, então geralmente são ingredientes japoneses”, conta Yumi Shimada. A Japas produz desde cerveja com jasmim, que é um chá muito utilizado no Japão; até uma witbier com casca de laranja e gengibre, que harmoniza muito bem com comida japonesa.
Yumi Shimada, Maira Kimura e Fernanda Ueno formam o trio da Japas Cervejaria Artesanal
Já a Kasatu Maru surgiu em homenagem aos 110 anos da imigração japonesa. O nome dado ao primeiro barco que trouxe os japoneses ao Brasil nomeia também esta cerveja do tipo New England IPA feita com dekopon, uma fruta imigrante que é resultado do cruzamento da tangerina Poncã com a tangor Kiyomi.
A Kasato Maru tem 6,5% de álcool e 40 IBUs. Além da dekopon, foram adicionadas quantidades massivas dos lúpulos Citra, Amarillo, Belma e El Dorado, criando aroma e sabor complexos que lembram principalmente tangerina e grapefruit.
O Sakesoldiers Festival foi uma linda experiência para degustar e conhecer melhor os tipos de bebidas produzidas e inspiradas no Japão. Uma oportunidade para sair da caixa e aprender mais sobre essa cultura linda. Foi só a primeira edição, mas já ficam os votos de vida longa e a ansiedade pelos próximos encontros. Kampai!
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