Futuro

Em algum tempo, ração vegana para cachorros pode ser mais que um sonho

16 • 12 • 2018 às 14:14
Atualizada em 17 • 12 • 2018 às 14:28
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

O paradoxo da crueldade da indústria alimentícia, no qual um grupo de animais precisa sofrer tanto para que outros se alimentem de sua carne, parece ainda pior quando damos de comer aos nossos bichinhos de estimação. É por isso que a indústria de alimentos veganos e que combatem a crueldade especialmente desenvolvida para cães, gatos e outros pets vem tanto crescendo – chegando hoje a movimentar mais de 30 bilhões de dólares.

Da mesma forma que a ciência vem se dedicando a criar alternativas para nossos cardápios humanos, o mesmo está acontecendo para os pets – com a vantagem de que, para os animais, o importante é o valor nutricional e suas saúdes, e não tentar reproduzir o sabor e a textura da carne.

“As empresas que trabalham com carne falsa humana estão tentando ter a forma, o paladar, o olfato e as características táteis, e tudo isso é perfeito porque essa é a única maneira de o público adotá-la”, diz Rich Kelleman, fundador e CEO da Bond Pet Foods, que produz somente comida vegana para cães.

“Não precisamos abater animais e não precisamos de toda essa terra, água ou energia para produzir calorias equivalentes”, diz Kelleman.

Baseado em plantas, cogumelos, ou suplementos poderosos feitos com vegetais e plantas, a indústria de comida vegana para animais é uma realidade que faz bem ao pet, ao planeta e, claro, aos outros animais.

Se a ração já é algo radicalmente diferente do que comeriam se vivessem uma vida selvagem, é fácil de se concluir que o importante na dieta dos animais é o nutriente, e não o ingrediente – o mesmo que vale para os humanos. Assim, se temos tanta justa compaixão por cães e gatos, como não estender aos outros animais – e ainda mais na relação entre eles?

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© fotos: divulgação


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