Debate

Golfinho ameaçado de extinção é achado desnutrido, com bico lacrado e plástico no sistema digestório

06 • 12 • 2018 às 14:14
Atualizada em 06 • 12 • 2018 às 14:21
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Um golfinho ameaçado de extinção foi encontrado morto com um lacre plástico que o impedia de se alimentar. A toninha (Pontoporia blainvillei), golfinho de menor porte, foi resgatada próxima à orla de Praia Grande, no litoral de São Paulo.

O Instituto de Biopesca diz que o animal já estava sem vida e com sinais de desnutrição provocados por objetos plásticos no sistema digestório. O bicho foi resgatado por um pescador, que se espantou com a toninha, um macho adulto, presa na rede que ele havia jogado ao mar.

O animal estava desnutrido e com plástico no sistema digestório

Rodrigo Vale, veterinário responsável pelo instituto, afirma que essa espécie de golfinho sofre com o risco sério de ser extinto. O animal, de acordo com ele, estava magro e não conseguia se alimentar há algum tempo. Isso em razão do lacre em forma de argola preso ao seu rosto, com estrutura parecida com um bico.

O exame necroscópico aponta que não havia nenhum tipo de alimento no sistema digestório do animal. Foram retirados apenas pedaços de plástico, o que reforça os riscos gerados pelo impacto do homem na desregulação do ecossistema marinho.  

“Tivemos [ocorrências] com diferentes espécies. O lixo é principalmente plástico, e a situação é bem preocupante”, disse ao G1.

No litoral de SP, mais de 70 animais encalham em um raio de 80 quilômetros

O próprio Biopesca, responsável por monitorar a exploração do pré-sal na Bacia de Santos, revela ter encontrado, em apenas 48 horas, 110 brinquedos e 155 óculos na orla em períodos de alta temporada.

O problema é sério e aproximadamente 70 animais encalham, muitos já mortos, em um raio de 80 quilômetros de praia em apenas quatro cidades da região do litoral paulista. No caso das tartarugas, 90% foram achadas com plástico no estômago.

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Fotos: foto 1:  Kaio Nunes/Instituto Biopesca/foto 2: Vanessa Ribeiro/Instituto Biopesca


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