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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou Valdir Colatto (MDB-SC) como novo secretário do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). O deputado federal em fim de mandato é autor de pelo menos nove projetos de lei nocivos ao meio ambiente e moradores do campo.
Valdir Colatto é membro da Frente Parlamentar Agropecuária do Congresso, chamada de bancada ruralista e se manifestou contrário ao percentual de terra que deve ser preservado por fazendeiros.
“No Brasil, 20,5% da área das propriedades são de florestas. O agricultor paga essa conta sem que haja nenhum dividendo com a cidade. Quem é que deixa 20%, 35% ou 40% da sua propriedade, na área urbana, para a preservação do meio ambiente? Só a agricultura brasileira faz isso”.
Valdir Colatto é nome forte da bancada ruralista
O novo secretário do Serviço Florestal Brasileiro é autor do PL 6268/16, que autoriza a caça de animais silvestres, inclusive em unidades de conservação ambiental. O projeto retira o porte de armas de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao mesmo tempo que flexibiliza a posse para proprietários rurais.
Está prevista na lei a liberação de animais considerados nocivos às atividades agropecuárias, com a apresentação de laudo pelo órgão competente e comercialização de outras espécies silvestres. Colatto quer permitir ainda que zoológicos possam vender animais a criadouros particulares.
Assim como a ministra da Agricultura, que foi presidente da bancada ruralista no Congresso Nacional, Valdir Colatto é crítico da política de preservação ambiental brasileira. Ele diz que o país precisa ‘refletir’ sobre as regras atuais de proteção.
Tereza Cristina, ministra da Agricultura, presidiu a bancada ruralista no Congresso
“Nós temos que pensar que 66% das florestas no Brasil não são nada se compararmos com as da Europa, que não chegam a ter 0,5% de floresta. E eles ainda querem dizer o que devemos fazer aqui? Ora, se quiserem que mantenhamos nossas florestas, que nos paguem com serviços ambientais, como fazem os Estados Unidos e a Europa, onde quem preserva a floresta recebe por isso”, pontuou.
A escolha de Valdir Colatto para cuidar da gestão das florestas brasileiras faz parte da nova política do governo de Jair Bolsonaro (PSL). O SFB foi criado em 2006 e com endosso do presidente, foi transferido do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Bolsonaro colocou em xeque a proteção de terras indígenas e quilombolas, dizendo que não demarcaria um centímetro a mais para tais reservas. Em abril de 2017, o político ofendeu a comunidade quilombola.
A política ruralista do governo Temer deve ser endurecida na nova gestão
“O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. Citando uma visita em um quilombo, seguiu, “[eles] não fazem nada, eu acho que nem pra procriador servem mais”.
Valdir Colatto anunciou que já comunicou a ministra da Agricultura sobre o aceite. Pontuou que será um “grande desafio” assumir o cargo e que vai “proteger quem trabalha e gera empregos”. A posse está programada para fevereiro.
A cobertura de vegetação no Brasil é de cerca de 67%. 63% de florestas e 4% de vegetação nativa. As informações são MapBioma, autor do maior levantamento da história, abrangendo os anos de 1985 a 2017.
Ao G1, Tasso Azevedo, responsável pela primeira reestruturação do Serviço Florestal Brasil, critica a escolha de Valdir Colatto.
“O Serviço Florestal foi criado para ser uma organização técnica, de alta capacidade técnica. Todos os dirigentes e funcionários, desde sua criação, em 2006, têm que ter alta capacidade técnica. Foi assim com todos os dirigentes. Se fazia comitê de busca para buscar os melhores profissionais. O que é o espanto é a gente ter abandonado isso num governo que diz que quer ter gente técnica para trabalhar.”
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