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Sai de Baixo estreia nos cinemas brasileiros em 21 de fevereiro. O longa dirigido por Cris D’Amato reúne mais uma vez a trupe do Largo do Arouche.
Estão todos lá, Ribamar (Tom Cavalcante), Cassandra (Aracy Balabanian), Vavá (Luis Gustavo), Magda (Marisa Orth) e Caco Antibes (Miguel Falabella).
Aqui pra nós, em 2019, quem ainda precisa de Caco Antibes? Descrito como um loiro dinamarquês, o personagem se orgulha de ter horror aos pobres e nordestinos.
“Antigamente, pobre não ia no aeroporto, só ia pra visitar avião, ver de longe, dar adeus”, diz ele em uma das passagens da sitcom. Soa familiar?
Caco Antibes em pleno 2019?
Caco faz lembrar uma faceta social do Brasil que tenta de tudo para não abrir mão dos privilégios. Embora seja falido e não trabalhe, ele é branco e loiro. Tem mais, Antibes se orgulha de tratar a mulher, Magda, como um animal. “Cala a boca, Magda!”, ecoou em todos os cantos na década de 1990.
“Não se pode botar dinheiro na mão de pobre, Vavá. Se você der 1 milhão para um pobre, ele entra naquela loja que é tudo por R$ 1,99 e faz a festa. A compra tudo de prástico [sic]”.
Caco se orgulha de ser um ‘loiro dinamarquês’
Sim, Sai de Baixo é um programa de humor, mas não se engane. O seriado exibido por anos pela TV Globo refletia um pensamento que persiste até os dias de hoje. Caco Antibes era o alter ego de uma sociedade machista, racista e classista.
Em duas décadas, o Brasil mudou muito, mas não o suficiente. Apesar de se apresentar visivelmente comedido na versão 2019 da sitcom, Caco Antibes não consegue esconder a personalidade. Vestindo uma jaqueta com as cores de uma grife famosa internacionalmente e óculos escuros, sutilmente ele dá das suas.
“Eu desci do ônibus e parece que eu estou em outro filme. Parece que estou em um parque jurássico”, reclama cercado pessoas. Ódio ao pobre 2.0.
Durante o filme, que é adaptação da série criada por Daniel Filho, Caco até toma umas invertidas de Magda. Quando manda a esposa calar a boca, ela responde dando tabefes no marido. “Cala a boca não. Eu sou uma mulher empolerada”, diz fazendo alusão ao termo empoderamento.
Afinal estamos em 2019, então não dá pra destilar na cara dura o classismo tão exaltado ao longo da década de 1990. No entanto, será que ainda precisamos de Caco Antibes e seu ódio aos pobres?
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