Ciência

Vírus de herpes mortal está se disseminando entre macacos na Flórida

08 • 01 • 2019 às 12:11
Atualizada em 08 • 01 • 2019 às 16:29
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

A alta incidência de um tipo fatal de herpes em uma população de macacos no estado da Flórida, nos EUA, colocou recentemente em alerta os cientistas a respeito da possibilidade de contaminação humana da doença. Segundo a comunidade cientifica local, aproximadamente 25% dos macacos do tipo rhesus (macaca mulatta) na região central do estado carregam atualmente o vírus.

Macacos rhesus na Flórida

A herpes conhecida como macacine herpesvirus 1 (McHV-1), ou Vírus B Herpes, é uma doença que pode ser fatal para os seres humanos, e pode ser transmitido do primata para uma pessoa. O risco de contaminação é ainda baixo, e não há qualquer registro, mas o crescimento dessa população de macacos – que está em vias de dobrar, da década de 1980 para 2022 – aumenta consideravelmente o risco de transmissão.

No parque de Silver Springs, onde essa população de macacos teve início, porém, os casos de arranhões e mordidas por parte de tais animais acontece regularmente.

Pessoas fotografando macacos no parque Silver Springs

As fezes, urina e saliva dos animais carregam o vírus, e por isso tais casos levantam a preocupação da comunidade médica e científica no estado da Flórida. Ainda que seja proibido alimentar os animais, o aumento da população consequentemente aumenta a incidência de tais encontros com humanos – e, com isso, a possibilidade de transmissão. A comunidade científica vem trabalhando em um trabalho mais amplo a respeito das possibilidades de contaminação.

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© fotos: divulgação


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