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A vitória de Absorvendo Tabu como melhor documentário curta-metragem passou despercebida no Oscar. Não devia, já que o filme trata de um tema relevante e que ainda é alvo de tabus.
“Não acredito que um filme sobre menstruação ganhou um Oscar”, celebrou a diretora Rayka Zehtabchi. O prêmio foi entregue ao lado da produtora Melissa Bertone e fez o público refletir sobre os impactos do machismo em um ciclo tão marcante.
Absorvendo Tabu acompanha o cotidiano de uma comunidade rural na Índia. Em Harpur, a primeira menstruação significa que as meninas devem interromper os estudos.
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Em muitos casos, o machismo resulta na falta de produtos de higiene adequados. Garotas precisam utilizar tecidos sujos, folhas e até cinzas para impedir que o sangue se espalhe. Infeções graves, que podem matar, são comuns.
Chega desse tabu com a menstruação, né?
O documentário retrata o processo de implementação de uma máquina que produz absorventes biodegradáveis. Melhores condições de saúde e a chance de desenvolver uma nova habilidade para a promoção da independência financeira.
Um grupo de mulheres tomou o palco para receber a estatueta do Oscar. Rayka alfinetou um termo machista empregado por homens e disse que não estava chorando por causa da TPM, mas porque um filme sobre menstruação havia vencido.
A menstruação ainda é tabu em várias partes do mundo. A maratonista norte-americana Kiran Gandhi, de 26 anos, compartilhou um episódio. Menstruada, ela completou a prova sem absorventes, chamando a atenção para o papel exercido pelo produto.
“Corri com o sangue escorrendo pelas minhas pernas para as minhas irmãs que não têm acesso aos absorventes e para aquelas que, apesar de cólicas e dor, escondem e fingem que ela (a menstruação) não existe. Corri para dizer: ‘ela existe e nós a superamos todos os dias’”, pontuou.
A Índia é um dos países mais negligentes com a saúde da mulher. Ainda paira o mito de que mulheres menstruadas estão sujas ou amaldiçoadas. Um fabricante de absorventes fez um estudo mostrando que 75% das mulheres ainda compram o produto embalado com jornal por causa da vergonha. Cerca de 3 milhões de indianas deixam de ir à escola quando estão menstruadas.
No entanto, o fenômeno não está restrito aos países mais pobres. A tenista campeã Petra Kvitova teve que aturar uma pergunta machista de um repórter que queria saber como ela lidava com “assuntos de mulher”.
A menstruação tem significado sagrado. Veja o que diz Cecília M. B. Sardenberg no artigo Tabus e poderes: a menstruação numa perspectiva sócio-antropológica.
“Muito ao contrário, os mitos relatados a mulheres antropólogas pelas aborígines ensinam-lhes a se identificar com suas ancestrais que as protegem e são responsáveis pela menstruação e pelo parto. Assim, durante os rituais iniciáticos da menarca, nos quais os homens não participam, as mulheres aborígines cantam cantigas sagradas que invocam estes ancestrais”.
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