Foram seis horas de voo até a Colômbia e mais quatro sobre o mar da América Central para, finalmente, aterrissar na Cidade do México. Com quatro horas de fuso horário separando o Brasil do país da América do Norte, o Hypeness chegou para a cobertura da Fórmula E.
A convite da Audi, nossa reportagem teve acesso aos bastidores, conversou com o piloto brasileiro Lucas Di Grassi (vencedor da prova) e vivenciou um pouquinho do ambiente de uma das modalidades mais atraentes do automobilismo na atualidade.
A Fórmula E estreou em 2014 e desde então briga para assumir a dianteira dos esportes de velocidade. O caminho é promissor. A categoria organizada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) conta com carros monopostos movidos exclusivamente por energia elétrica.

Lucas Di Grassi venceu a etapa do México na última curva
Os autos são totalmente elétricos e a bateria possui autonomia de até uma hora. Como a recarga não é permitida, cabe ao piloto gerenciar a potência do veículo. Emoção garantida.
A FIA diz que os carros podem acelerar de 0 a 100 km/h em apenas três segundos. Velocidade não é problema. Talvez o barulho seja um empecilho. Diferente do automobilismo tradicional, os carros da Fórmula E são mais silenciosos. Aqui pra nós, não compromete a excitação.
São 11 equipes, com dois pilotos cada. Como de costume, o Brasil é representado por nomes de peso. Além de Felipe Massa, Felipe Nasr e Nelson Piquet Jr., o país conta com Lucas Di Grassi.

A Audi é uma das que mais investem em tecnologia na modalidade
Di Grassi é a grande estrela da categoria. O brasileiro corre pela Audi e já venceu a modalidade uma vez. O Hypeness entrevistou o piloto nascido em São Paulo nos boxes da Audi.
Lucas ressaltou o quesito inovador da Fórmula E. Segundo o brasileiro, a sustentabilidade é trajeto único para o automobilismo.
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“É uma consequência inevitável para indústria automobilística no geral. Cada vez mais a gente precisa de mobilidade barata, mobilidade limpa. Precisamos melhorar a qualidade de vida de todo mundo e o automobilismo é só a ponta do iceberg”, ressalta.
A Audi é uma das empresas que mais investem em tecnologia na Fórmula E, fato que se comprova com o protagonismo de Di Grassi. “Você vai ver essa tecnologia que a Fórmula E está desenvolvendo no seu carro. Em dois ou três anos. Aliás, na Audi já está no e-tron”, encerra.

O Hypeness teve passe livre em todos os cantos do autódromo
O e-tron foi apresentado no Salão do Automóvel de Xangai e é equipado com motor de 320 kW e tecnologia adaptada com pacote elétrico. Futuro.
Paixão por velocidade
A Fórmula E está inovando. Contudo, a categoria ainda tem pouco espaço no Brasil e as provas que acontecem em vários países do mundo, só passam na TV a cabo. Perdem os torcedores locais.
Atração principal à parte, o ambiente organizado pela FIA e patrocinadores é envolvente. Não precisa ser fanático ou grande conhecedor de carros para se divertir. Grafite, gincanas interativas e exposições com troféus e artigos usados pelos pilotos, garantem a diversão.

O Foro del Sol recebeu público recorde de 38 mil pessoas
Tudo fica maior no caso dos mexicanos. O público demonstrou o fanatismo por velocidade. Bandeiras do país latino-americano se confundem com o verde e amarelo do capacete de Ayrton Senna e gritos de torcedores enlouquecidos por Felipe Massa.
O Autódromo Hermanos Rodríguez recebeu um público enorme. A organização oficial diz que um novo recorde foi estabelecido na Fórmula E. 38 mil pessoas ocuparam as arquibancadas do Foro del Sol, como o circuito é carinhosamente chamado.

Na Fórmula E tem inovação, mobilidade e sustentabilidade
“É minha primeira vez em uma Fórmula E. Estou conhecendo mais desse novo universo e adorando”, disse ao Hypeness a atriz e modelo Aline Riscado.
Para fechar o ePrix com chave de ouro, a prova terminou de forma eletrizante. Lucas Di Grassi conseguiu, nos últimos metros, ultrapassar o então líder Pascal Wehrlein. Somos pé quente.

Paixão mexicana por velocidade!
O pódio foi uma festa, com direito a show ao vivo e banho de champanhe na plateia. A próxima etapa acontece em Hong Kong. Fica nossa torcida por Lucas Di Grassi e outros pilotos brasileiros e claro, para a criação de uma data brazuca no calendário.
Mobilidade e emoção. O conceito desenvolvido pela Fórmula E mostra que é sim possível unir paixões sem agredir o meio ambiente. Inovação.








