O campo de refugiados de Palabek, ao norte de Uganda, costuma receber milhares de refugiados todos os anos, principalmente vindos do sul do Sudão. Porém, tão importante quanto oferecer alimentos e um lugar para viver, é educar estas pessoas, para que um dia possam prosperar e, não apenas sobreviver. É exatamente isso que a organização African Women Rising (AWR) vem fazendo, ao educar mulheres no norte de Uganda, com lições de microfinanças e agricultura.

Como parte das aulas, estas mulheres estão tendo lições de permacultura, o que pode significar uma completa diferença na vida destas pessoas. A permacultura não é apenas uma agricultura de pequena escala projetada para ser sustentável e auto-suficiente, mas, sobretudo, uma maneira de oferecer autonomia às pessoas, que podem produzir seus próprios alimentos.

Muitos campos de refugiados oferecem sementes a eles, mas esquecem que as coisas não são tão simples quanto parecem. Precisamos ter o mínimo do conhecimento básico de biologia da água e do solo e é isso que a AWR tem feito, transformando mulheres em agricultoras. Através das aulas elas entendem a melhor maneira de capturar a água da chuva e enriquecer o solo usando materiais disponíveis localmente e a utilizar resíduos como esterco, cinza de madeira, folhas de árvores e pó de carvão.

Quando a AWR começou em Palabek, eles treinaram cerca de 20 pessoas. Agora, mais de 6.000 famílias de refugiados do Sudão do Sul cultivam hortaliças, plantam árvores novas e cultivam cercas vivas e plantações de biomassa que fornecem materiais para a construção, remédios para pragas, nutrição de estações secas e remédios. Por que mulheres? Porque a visão da instituição é construir igualdade social, econômica e política para mulheres e meninas na África. Isto é o futuro!






