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Em meio ao debate sobre doutrinação comunista e escola sem partido, um manual infantil com uma “brincadeira” encenado a escravidão foi aprovado com aval do Ministério da Educação.
O guia de atividades para educação pública recebeu sinal verde do MEC em 2018 e passou a ser distribuído nas escolas municipais do Rio de Janeiro. O conteúdo gerou revolta pelas propostas totalmente descoladas com a realidade e por tratar a escravização do negro com desdém.
Pasmem, mas a página 183 do “Manual do professor para a educação física – 3º ao 5º anos” propõe que professores dividam alunos de 8 e 10 anos entre capitães do mato e escravos.
O conteúdo foi aprovado pelo MEC em 2018
O conteúdo parece de 1800 e bolinha, mas foi publicado em 2017. A ideia é que os professores usem um giz para marcar os dois lados da quadra. Num canto, senzala. No outro, quilombo.
A brincadeira se assemelha ao pega-pega e com avala do professor de educação física, os alunos “escravos” devem correr para o quilombo. Os capturados são conduzidos à senzala pelos capitães do mato. Na sequência, trocam-se as funções.
O material racista foi aprovado pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD) 2019, sistema de avaliação para que o MEC possa disponibilizar materiais às escolas públicas.
Os coordenadores dizem que o projeto pretende estimular a solidariedade
Jane Gonçalves é coordenadora editorial do projeto. A representante da Módulo/TerraSul Editora disse ao Globo que trata-se de “um livro aprovado pelo MEC, que passou por uma análise crítica”. Ela negou o teor racista, “é um manual do professor e contém sugestões, sem a carga racista mencionada”.
A proposta do livro era de estimular a inclusão e solidariedade entre escravos e capitães do mato. Incentivando a perseguição dos mesmos. A autora do livro é Roselise Stallivieri, professora de educação física formada na PUC do Paraná e ex-funcionária da Prefeitura de Curitiba.
Assim como a autora, o Ministério da Educação e a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro não se pronunciaram.
A autora não se pronunciou
Enquanto isso, um publicitário baiano criticou a adoção do livro de Lázaro Ramos por uma escola de Salvador. Na Minha Pele entrou para o currículo escolar do Colégio Antônio Vieira.
O comentário racista foi feito por Leo Pirão, que chamou a obra sobre empoderamento negro de lixo.
“É esse tipo de lixo que as escolas estão empurrando goela abaixo nos nossos jovens. Mandar seu filho ao colégio é uma forma de destruí-lo. Pais, atenção total com seus herdeiros”, escreveu o publicitário.
A fala racista gerou manifestações de famosos e anônimos em defesa de Lázaro Ramos.
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